B. Alan Wallace 'Cultivando o equilíbrio mental e emocional' em "Mind & Its Potential 2012"
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0:08 - 0:10Fui convidado para falar
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0:10 - 0:14sobre cultivar o equilíbrio mental e emocional
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0:14 - 0:17E eu imagino que muitos de nós se não todos que estão aqui
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0:17 - 0:20já têm interesse nesse tema
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0:20 - 0:23Mas tenho certeza de que todas as pessoas
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0:23 - 0:25têm interesse em ter uma mente clara,
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0:25 - 0:29em ter bem-estar mental, bem-estar emocional,
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0:29 - 0:31no sentido de ter saúde.
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0:31 - 0:33E a implicação deste título é que
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0:33 - 0:39equilíbrio é a chave para o bem-estar mental e emocional.
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0:39 - 0:43Portanto, como iremos cultivar isso?
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0:43 - 0:47Gostaria de sugerir que a chave é a atenção.
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0:47 - 0:50Acho que todos nós sabemos pela nossa própria experiência que nossas mentes
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0:50 - 0:54podem ser nossos piores inimigos, podem nos deixar loucos!
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0:54 - 0:56Se nos sentarmos em nossos quartos em silêncio,
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0:56 - 0:58sem nenhum estímulo do ambiente
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0:58 - 1:01podemos nos tornar verdadeiramente infelizes.
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1:01 - 1:05Apenas devido à ruminação, aos pensamentos que vêm às nossas mentes,
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1:05 - 1:11sendo apanhados e aprisionados nas garras do que os psicólogos chamam de ruminação.
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1:11 - 1:16Em outras palavras, sabemos que podemos nos tornar infelizes sozinhos, sem nenhuma ajuda externa.
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1:16 - 1:20É um trabalho interno!
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1:20 - 1:23E muitas se não todas as pessoas sabem
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1:23 - 1:25que também é possível
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1:25 - 1:28permanecer sentado quieto em seus aposentos,
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1:28 - 1:30quieto em sua caverna,
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1:30 - 1:34quieto em lugar sereno na natureza,
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1:34 - 1:39com pouco ou nenhum estímulo do ambiente,
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1:39 - 1:41e ter a sensação de estar verdadeiramente bem,
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1:41 - 1:43feliz.
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1:43 - 1:46E você olha à sua volta e pensa "o quê está me fazendo feliz?"
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1:46 - 1:49e... você não consegue encontrar nada do lado de fora.
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1:49 - 1:53Essa sensação de bem-estar está vindo de dentro.
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1:53 - 1:56E então, todos nós devemos ser "Sherlock Holmes" agora.
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1:56 - 1:58Rastrear isso até sua fonte.
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1:58 - 2:02Nessa apresentação maravilhosa que tive a sorte de assistir antes de subir ao palco
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2:02 - 2:08A causa, o agente era em geral atribuído ao cérebro.
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2:08 - 2:11E não há dúvidas de que o cérebro está envolvido
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2:11 - 2:15em todas as nossas experiências subjetivas.
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2:15 - 2:19Mas a noção de que a única explicação verdadeira é a neurológica,
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2:19 - 2:20e eu nunca ouvi o palestrante
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2:20 - 2:22mas o Prof Ramachandran diria isso,
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2:22 - 2:24penso ser limitada.
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2:24 - 2:27Algumas vezes, podemos ter uma elucidação mais clara
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2:27 - 2:29sobre o que está havendo em nossa experiência subjetiva
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2:29 - 2:31observando a própria experiência subjetiva
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2:31 - 2:35buscando uma explicação psicológica.
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2:35 - 2:38Então, sugeri que a atenção é a chave.
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2:38 - 2:42Uma pessoa que pode controlar sua atenção
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2:42 - 2:48pode ter controle sobre o tipo de realidade que tem a sensação de estar experimentando e vivenciando
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2:48 - 2:53Afinal, como William James, um grande pioneiro da psicologia moderna, afirmou
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2:53 - 2:58"A cada momento, aquilo a que prestamos atenção é a realidade"
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2:58 - 2:59Levamos a sério
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2:59 - 3:03consideramos real apenas aquilo a que estamos atentos
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3:03 - 3:08Então, quando nossa mente está tomada por uma hiperatividade da atenção
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3:08 - 3:11seja clinicamente diagnosticada ou não
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3:11 - 3:12acho que todos nós temos idéia de como é
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3:12 - 3:15Quando a mente se parece a um trem desgovernado
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3:15 - 3:21como um elefante no cio, segundo a grande e clássica metáfora indiana,
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3:21 - 3:24podemos sentir uma aflição enorme.
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3:24 - 3:25Em especial quando essa ruminação,
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3:25 - 3:28este fluxo obsessivo e compulsivo de pensamentos
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3:28 - 3:30é negativo.
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3:30 - 3:33Insistir em infortúnios do passado,
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3:33 - 3:35no mal comportamento de outras pessoas,
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3:35 - 3:37negatividades de um tipo ou de outro
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3:37 - 3:41nos aprisiona e subjuga.
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3:41 - 3:44Nós realmente nos tornamos vítimas de nossas próprias mentes.
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3:44 - 3:45Então, ruminação negativa.
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3:45 - 3:48Portanto, se estamos buscando o equilíbrio mental, equilíbrio emocional,
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3:48 - 3:53enquanto nossa mente ainda estiver propensa a tal ruminação negativa,
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3:53 - 3:55em tal hiperatividade da atenção,
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3:55 - 3:57com uma mente que está realmente fora de controle
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3:57 - 4:00e que por consequência como que nos arrasta,
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4:00 - 4:05enquanto somos propensos a isso ou na medida em que somos propensos a isso
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4:05 - 4:08o equilíbrio mental e emocional
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4:08 - 4:12será um ideal inalcançável
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4:12 - 4:15Eu chamo essa tendência de OCDD,
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4:15 - 4:21não confundam com TOC, transtorno obsessivo compulsivo,
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4:21 - 4:23que é um diagnóstico clínico
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4:23 - 4:31OCDD não aparecerá na versão atual da enciclopédia de doenças mentais (DSM)
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4:31 - 4:36provavelmente porque todos os editores da enciclopédia têm essa doença
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4:36 - 4:38bem como a maioria de nós aqui
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4:38 - 4:42eu a chamo de distúrbio obsessivo compulsivo delusório
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4:42 - 4:45Mas veja como parece familiar
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4:45 - 4:49obsessivo no sentido de que quando você quer apenas ficar em silêncio
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4:49 - 4:51quando não há nada para pensar a respeito
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4:51 - 4:52nada sobre o que você precise pensar a respeito
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4:52 - 4:54você gostaria apenas de ficar quieto e presente
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4:54 - 4:58simplesmente atento ao seu corpo, sua mente, ao meio, a outra pessoa
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4:58 - 5:01você não consegue, porque sua mente é tagarela
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5:01 - 5:02ela sempre tem algo a dizer
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5:02 - 5:06pensamentos obsessivamente fluindo um após o outro
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5:06 - 5:11e ainda que você queira desligar ou ao menos ter um pouco de alívio de vez em quando
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5:11 - 5:13um pouco de silêncio nos aposentos da sua mente
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5:13 - 5:16ela não te dá essa opção
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5:16 - 5:17ela sempre tem uma resposta
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5:17 - 5:22"você quer ficar quieto?" "Ótimo!" "Vamos conversar sobre isso!"
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5:22 - 5:23É obsessivo!
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5:23 - 5:29Se você acha que tem controle, tente não pensar por um minuto enquanto ainda está acordado
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5:29 - 5:30É obsessivo!
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5:30 - 5:33Como se não bastasse,
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5:33 - 5:36é também compulsivo, isto é, os pensamentos surgem,
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5:36 - 5:38mas eles não surgem simplesmente, como imagens na TV
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5:38 - 5:43eles surgem e em geral nós somos compulsivamente puxados para dentro deles
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5:43 - 5:45como um sifão, eles nos sugam nossa atenção
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5:45 - 5:48e nossa atenção é dirigida ao referente do pensamento
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5:48 - 5:53estamos aqui e ali, pensando nisso e naquilo...
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5:53 - 5:56Há uma imagem terrível que ilustra isso no filme "Pequena Miss Sunshine"
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5:56 - 6:02se lembram que prenderam o cachorro atrás da caminhonete e então esqueceram?
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6:02 - 6:06era uma comédia, não se preocupem, nenhum animal foi ferido nessa sequência
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6:06 - 6:09mas ainda assim nós somos o cachorro
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6:09 - 6:12e a ruminação é como a caminhonete
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6:12 - 6:14ela nos carrega, nos arrasta
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6:14 - 6:17isso combina com a sua experiência?
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6:17 - 6:18Mas é pior que isso
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6:18 - 6:20obsessivo seria ruim o suficiente
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6:20 - 6:21compulsivo é ainda pior
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6:21 - 6:23mas piora ainda mais!
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6:23 - 6:24É delusório!
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6:24 - 6:27E isso significa que quando você é apanhado no redemoinho
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6:27 - 6:29dessa espécie de fluxo de ruminação
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6:29 - 6:31a tendência geral
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6:31 - 6:34e veja por si mesmo, eu não estou tentando dizer como é a sua experiência,
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6:34 - 6:37eu estou generalizando e veja se o sapato te serve
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6:37 - 6:40nossa tendência é levar a sério o que quer que estejamos pensando
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6:40 - 6:43mesmo que não estejamos de fato pensando, estão "nos" pensando
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6:43 - 6:47o cão não está dirigindo o carro
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6:47 - 6:48Mas não é verdade?
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6:48 - 6:52Quando estamos pensando algo, fixando, ruminando, obcecado com alguma coisa
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6:52 - 6:57temos a tendência geral de pensar: "estou pensando tal coisa e portanto ela é verdadeira"
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6:57 - 7:00Os psicólogos chamam isso de período refratário
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7:00 - 7:05Quando a mente é aprisionada nas garras de uma emoção, memória, desejo
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7:05 - 7:11e nós não conseguimos pensar além desse sistema de filtro
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7:11 - 7:14se estou ruminando negativamente a respeito de uma pessoa
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7:14 - 7:18surge ressentimento, talvez desprezo ou aversão em relação a essa pessoa
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7:18 - 7:25enquanto estiver no fluxo dessa ruminação, nesse distúrbio obsessivo compulsivo delusório,
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7:25 - 7:28eu não consigo imaginar que tal pessoa tenha qualquer qualidade positiva
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7:28 - 7:30ou nem mesmo qualidades neutras
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7:30 - 7:34as neutras parecem ruins e as boas são invisíveis
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7:34 - 7:38enquanto que as ruins, essas surgem em alta definição 3D
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7:38 - 7:40vívidas e, na verdade, exageradas
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7:40 - 7:42fora do comum
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7:42 - 7:45Então obsessivo compulsivo delusório, isso parece bem ruim
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7:45 - 7:50e se não fosse tão ubíquo definitivamente estaria na enciclopédia
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7:50 - 7:52Mas aí está!
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7:52 - 7:56Hiperatividade da atenção, esse é um bom termo mais curto para isso.
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7:56 - 7:59Não é um sinal de saúde mental, nós apenas nos acostumamos a isso
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7:59 - 8:01mas essa a única razão para ser tolerável
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8:01 - 8:05muitas coisas se tornam toleráveis se você simplesmente se acostumar a elas
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8:05 - 8:10sexismo, racismo e muitas outras aberrações da mente e do espírito humanos
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8:10 - 8:16parecem ser toleráveis simplesmente por estarmos habituados a eles
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8:16 - 8:18Bem, isso é exaustivo! Todos nós sabemos como é isso, não é?
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8:18 - 8:21Ser tomado por uma ruminação após a outra,
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8:21 - 8:25rouba nossa felicidade durante o dia e quando estamos finalmente cansados,
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8:25 - 8:26não conseguimos adormecer
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8:26 - 8:28porque não sabemos como desligar
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8:28 - 8:32E continua, continua... "eu sei que você está cansado mas não vamos parar"
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8:32 - 8:36"vou arrastar você até deixá-lo inconsciente"
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8:36 - 8:40E mesmo durante o dia é exaustivo, não é?
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8:40 - 8:43A experiência é fatigante, estressante.
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8:43 - 8:46Por isso existe "atenção plena para redução do estresse"
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8:46 - 8:48existem massagens e vários tipos de terapias
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8:48 - 8:52apenas para nos dar descanso, para que possamos nos recuperar,
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8:52 - 8:57ao menos um primeiro socorro para todo o dano que causamos a nós mesmos
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8:57 - 9:01E é claro que não estamos "fazendo" a nós mesmos, caso contrário, nós pararíamos!
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9:01 - 9:03É apenas puro hábito!
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9:03 - 9:08Estou certo de que há correlações neurológicas mas não tenho certeza de que identificá-las irá realmente ajudar.
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9:08 - 9:12Então, quando estamos exaustos caímos no deficit de atenção.
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9:12 - 9:15Podemos estar em uma reunião, talvez estudantes na sala de aula,
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9:15 - 9:19talvez trabalhando, dirigindo e assim por diante
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9:19 - 9:22assistindo TV, lendo um livro e todos nós sabemos disso, não é?
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9:22 - 9:25Deficit de atenção
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9:25 - 9:26Você gostaria de estar focado
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9:26 - 9:30e a mente não está afim, sua atenção não está afim
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9:30 - 9:34você está apenas lá sentado, girando, sem se engajar,
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9:34 - 9:38você pode estar tendo uma conversa com sua esposa e ela pergunta: "o quê você acha?"
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9:38 - 9:42e você diz: "O quê? Quê?"
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9:42 - 9:43ausente da realidade
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9:43 - 9:46E é claramente por exaustão, por pura exaustão
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9:46 - 9:54Ainda que o deficit de atenção seja diagnosticado e que os médicos sejam favoráveis a medicar até a submissão,
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9:54 - 9:58isso não cura, eu sei que pode ser muito útil e necessário a algumas pessoas
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9:58 - 10:04mas não seria maravilhoso se desde a infância
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10:04 - 10:07para nossos próprios filhos e filhos dos nosso filhos
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10:07 - 10:11considerando o ritmo instável da modernidade, multitarefas
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10:11 - 10:15a sensação de bombardeio, bombardeio de informações
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10:15 - 10:21celulares, internet, TV, radio, mensagens de texto e tudo o mais
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10:21 - 10:25até mesmo o entretenimento é como entrar num ringue com um pugilista
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10:25 - 10:27sendo espancado até a submissão
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10:27 - 10:30não seria maravilhoso se nossos filhos
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10:30 - 10:35já que a minha geração e as gerações anterior e a seguinte criaram este mundo,
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10:35 - 10:38um mundo de deficit de atenção e hiperatividade
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10:38 - 10:43não seria maravilhoso se pudéssemos oferecer às nossas crianças um tipo de imunização psicológica
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10:43 - 10:48para ajudá-las a se prevenir de sofrerem de DAH
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10:48 - 10:54de sucumbirem ao apelo de todo o meio ambiente, à entropia da mente
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10:54 - 10:57Então como?
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10:57 - 11:01Drogas como a ritalina, adderall, tratam os sintomas
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11:01 - 11:05o quê o torna dependente e habituado desde bem pequeno
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11:05 - 11:08"se você tem um problema psicológico, apenas encontre uma droga"
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11:08 - 11:10em outras palavras, "quando encontrar a droga, apenas diga sim"
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11:10 - 11:13"apenas diga sim"
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11:13 - 11:16Se pensar em si mesmo como sendo um cérebro e em todos os problemas psicológicos como sendo cerebrais
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11:16 - 11:21você chegará a conclusão de que a forma de tratá-los é apenas dizer sim à droga
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11:21 - 11:25Ainda que as drogas psicofarmacêuticas possam ser valiosas,
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11:25 - 11:30penso que é uma limitação paralisante pensar que esta seja a única forma
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11:30 - 11:33Remediar
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11:33 - 11:35Se estamos realmente buscando equilíbrio mental, equilíbrio emocional
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11:35 - 11:39como penso que todos nós estamos, ou ao menos bem-estar
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11:39 - 11:45como podemos treinar esta besta selvagem, a atenção?
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11:45 - 11:48trazer equilíbrio a ela
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11:48 - 11:50Para que quando desejarmos ficar quietos, tenhamos essa opção
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11:50 - 11:55quando desejarmos ter um fluxo livre de pensamentos, sonhar acordados, tenhamos essa opção
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11:55 - 11:57bem como pensar criativamente, analiticamente,
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11:57 - 12:01pensar sobre o passado e antecipar o futuro, tenhamos essa opção
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12:01 - 12:05e quando quisermos apenas ficar quietos,
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12:05 - 12:08atentos,
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12:08 - 12:09receptivos
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12:09 - 12:14conversando com uma criança, um amigo, sua esposa, numa reunião de negócios, educação, etc
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12:14 - 12:16apenas desejar ficar totalmente em silêncio
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12:16 - 12:21não quero dizer ficar aéreo, quero dizer presente, com discernimento
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12:21 - 12:26apenas assimilando a realidade ao invés de insistir em dialogar o tempo todo
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12:26 - 12:30Como?
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12:30 - 12:34Já que tivemos o Eminente Professor Ramachandran, com formação indiana
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12:34 - 12:38falando paradigmaticamente da perspectiva científica ocidental
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12:38 - 12:44com forte e grande ênfase em entender o que é objetivo, físico e quantificável
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12:44 - 12:50eu agora vou "virar a mesa", sendo um anglo falando da perspectiva indiana clássica
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12:50 - 12:53como desenvolvemos habilidades de atenção?
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12:53 - 12:55como desenvolvemos equilíbrio da atenção?
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12:55 - 13:01A Índia é a principal civilização do planeta em termos de séculos de pesquisas realizadas
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13:01 - 13:03com o que é chamado de "samadhi"
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13:03 - 13:08não no sentido de algum tipo de apontador, meu novo túnel de visão, de forma alguma
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13:08 - 13:10é útil ocasionalmente mas é apenas como olhar com um telescópio
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13:10 - 13:14mas sim em termos de equilíbrio da atenção, qual é o primeiro passo?
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13:14 - 13:18O primeiro passo é: você pode aprender a relaxar?
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13:18 - 13:20É uma habilidade
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13:20 - 13:22É uma habilidade a ser cultivada
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13:22 - 13:27Colocar seu corpo à vontade, colocar sua mente à vontade, soltar
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13:27 - 13:30Muitos de nós somos como pneus super inflados
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13:30 - 13:36como fazemos para simplesmente pegar um alfinete e colocá-lo na válvula e psssss
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13:36 - 13:39relaxe baby, você vai ficar bem!
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13:39 - 13:41mas você precisa primeiro soltar
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13:41 - 13:47Se você tomar essa mente nervosa, tensa, agitada, cansada, egóica e orientada ao sucesso
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13:47 - 13:55e disser: ok, agora vamos à meditação! Vamos lá! Vou conseguir! Vou dominar isso também!
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13:55 - 14:02E vou ser realmente bom em meditação! Vou dar o melhor de mim!
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14:02 - 14:05Vou dominar essa porcaria seja lá o que for!
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14:05 - 14:10Que você tenha muita sorte então!
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14:10 - 14:13A primeira coisa é que não há nada a dominar, é na verdade "deixar ir"
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14:13 - 14:15não há nada para adquirir ou alcançar coisa alguma
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14:15 - 14:18a primeira coisa é soltar
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14:18 - 14:21liberar toda a ruminação, tanto quanto puder, a cada respiração
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14:21 - 14:25deixe que cada expiração seja uma entrega, uma feliz rendição
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14:25 - 14:29uma liberação da respiração, liberação da tensão corporal,
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14:29 - 14:33uma liberação da ruminação, a cada respiração
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14:33 - 14:35traga sua consciência de volta ao momento presente
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14:35 - 14:39não com um punho cerrado mas com relaxamento, liberação
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14:39 - 14:41É uma habilidade a ser cultivada
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14:41 - 14:44Nós deveríamos ensinar isso às nossas crianças desde a pré-escola
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14:44 - 14:47porque eles já estão sendo doutrinados a agarrar as coisas
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14:47 - 14:49e estão aprendendo bem
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14:49 - 14:54como fazer o que tem que ser feito, mas com tensão, apertando, com esforço, com ego
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14:54 - 14:56eles aprenderão essa lição com certeza
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14:56 - 14:59precisamos de alguma imunização contra isso para ajudá-los a se equilibrar
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14:59 - 15:02para eles e talvez para nós também
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15:02 - 15:05Então, o primeiro ponto é relaxamento, é soltar
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15:05 - 15:07liberar-se no momento presente
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15:07 - 15:10e quando você chega nesse ponto, "Oh, alô realidade!"
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15:10 - 15:13pois afinal o passado já não existe mais e o futuro não existe ainda
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15:13 - 15:16portanto, se você está interessado na realidade, sabe onde encontrá-la
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15:16 - 15:18entre os dois
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15:18 - 15:23entre o que ainda não passou e o que ainda não é o futuro
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15:23 - 15:25no que está acontecendo neste momento, é aí que está a riqueza
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15:25 - 15:28liberar-se dentro disso
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15:28 - 15:31e então estabilizar
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15:31 - 15:34encontrar literalmente a presença mental
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15:34 - 15:36e estabilizar-se aí
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15:36 - 15:38encontrar alguma quietude interior
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15:38 - 15:40estabilidade
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15:40 - 15:41compostura
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15:41 - 15:42recolhimento
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15:42 - 15:46o termo em sânscrito "samadhi", que não faz parte da língua inglesa, significa
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15:46 - 15:48unificação da mente
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15:48 - 15:51organizar-se
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15:51 - 15:53no momento presente
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15:53 - 15:58focado, estável, relaxado
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15:58 - 16:02Para todos os professores nesta sala: "não seria maravilhoso, se ao entrar na sala de aula
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16:02 - 16:09para começar a aula, seus alunos estivessem todos preparados
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16:09 - 16:10relaxados
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16:10 - 16:11estáveis
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16:11 - 16:14o professor entrando na sala
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16:14 - 16:20eles verdadeiramente aprenderiam alguma coisa
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16:20 - 16:21Até agora tudo bem!
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16:21 - 16:25relaxado, estável, quieto... mas não é suficiente!
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16:25 - 16:28Precisa haver alguma clareza nisso.
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16:28 - 16:33Clareza, vivacidade, acuidade elevada, brilho da mente
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16:33 - 16:37Observando clara e atentamente o que quer que queiramos direcionar nossa atenção
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16:37 - 16:40seja estudando, criando, dirigindo,
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16:40 - 16:45conversando com alguém que amamos, ou com alguém que não amamos tanto
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16:45 - 16:48mas estando totalmente atentos
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16:48 - 16:49Aí está a chave!
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16:49 - 16:53Tudo pode ser cultivado e há uma sequência para isso
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16:53 - 16:55Primeiro relaxamento
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16:55 - 16:57e então estabilidade
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16:57 - 17:01e depois vivacidade
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17:01 - 17:06(eu gostaria de ver o monitor, obrigado)
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17:06 - 17:09Há algumas surpresas guardadas quando você se engaja nesse tipo de prática
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17:09 - 17:12e qualquer pessoa pode fazer, religiosos, não religiosos,
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17:12 - 17:14você nem precisa estar realmente interessado em meditação
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17:14 - 17:18quanto menos em Índia, budismo tibetano, hinduísmo e assim por diante
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17:18 - 17:20você não precisa ter interesse em nada disso
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17:20 - 17:21se você quiser, ótimo!
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17:21 - 17:25Tudo o que você precisa ter interesse é em encontrar uma sensação interna de bem-estar
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17:25 - 17:29um equilíbrio da atenção, que você poderá aplicar em qualquer outra tarefa na qual deseje engajar-se
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17:29 - 17:32incluindo adormecer
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17:32 - 17:34e então quando você se deitar na cama, cansado, pronto para dormir
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17:34 - 17:36essa é realmente uma opção
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17:36 - 17:40porque então você relaxa, permite que sua mente se aquiete,
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17:40 - 17:46e então você pode liberar a clareza conforme adormece
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17:46 - 17:48Portanto, encontrar paz mental, paz mental interior
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17:48 - 17:50previsível... previsível
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17:50 - 17:52porque sabemos o que é o oposto disso
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17:52 - 17:55quando a mente está tomada por ruminação, pensamentos obsessivos e delusórios
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17:55 - 17:58aquele período refratário,
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17:58 - 18:00não é nada agradável
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18:00 - 18:04Mas há uma surpresa guardada, uma grande surpresa!
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18:04 - 18:08Uma descoberta que se foi feita, foi considerada marginal por todas as ciências modernas da mente
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18:08 - 18:13mas que é talvez uma das descobertas mais importantes ainda a serem feitas cientificamente
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18:13 - 18:17sobre a natureza da mente e esta é que, quando você encontra apenas esse equilíbrio da atenção,
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18:17 - 18:20quanto mais os outros aspectos do equilíbrio mental, pois há outros,
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18:20 - 18:23mas simplesmente encontrando e cultivando o equilíbrio da atenção,
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18:23 - 18:25relaxamento, estabilidade e clareza,
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18:25 - 18:29não é apenas uma sensação de paz e de calma interior que surge
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18:29 - 18:31Vejam só!
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18:31 - 18:33Você começa a desfrutar da prática
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18:33 - 18:36pode ser simplesmente atenção plena à respiração
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18:36 - 18:38que não é intrinsecamente um ato agradável
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18:38 - 18:41é observar sensações bastante neutras
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18:41 - 18:43mas não é que a respiração em si se torne agradável
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18:43 - 18:47é a qualidade da consciência que surge nessa tarefa neutra
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18:47 - 18:50e uma sensação de bem-estar, além da paz e serenidade
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18:50 - 18:52uma sensação de felicidade real
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18:52 - 18:53uma sensação de florescer
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18:53 - 18:55que não está vindo do que você obtém do mundo
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18:55 - 18:59mas que está vindo do que você está trazendo ao mundo
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18:59 - 19:00a qualidade do equilíbrio da atenção
-
19:00 - 19:03o primeiro passo em direção ao equilíbrio mental
-
19:03 - 19:05e os gregos deram um nome a isso
-
19:05 - 19:07Sócrates, Platão, Aristóteles
-
19:07 - 19:10chamaram de eudaimonia
-
19:10 - 19:13felicidade genuína, florescer humano,
-
19:13 - 19:16Aristóteles chamou isso de estar a serviço da alma em conformidade com a virtude
-
19:16 - 19:21podendo ser mais de uma virtude, em conformidade com a virtude mais elevada
-
19:21 - 19:26Eudaimonia, sensação de bem-estar que não é impulsionada por estímulos
-
19:26 - 19:29que não necessita de uma companheiro, não precisa de entretenimento,
-
19:29 - 19:35não precisa seja do que for, não precisa nem mesmo de pensamentos felizes para mantê-lo vivo
-
19:35 - 19:39é uma qualidade da consciência em si, é de fato um sintoma de saúde mental
-
19:39 - 19:43assim como o sintoma de uma lesão ou doença física é sentir-se mal
-
19:43 - 19:47como um sintoma de desequilíbrio mental é sentir-se mal como deveria
-
19:47 - 19:51é bom que se sinta mal quando está mentalmente desequilibrado
-
19:51 - 19:54caso contrário não teria nenhum incentivo para buscar o equilíbrio mental
-
19:54 - 19:59não mate o mensageiro e esta é a minha queixa contra o uso exagerado de psicofármacos
-
19:59 - 20:01matar o mensageiro, isso é o que farão!
-
20:01 - 20:07enriquecendo a indústria farmacêutica mas empobrecendo todos que se tornam dependentes
-
20:07 - 20:08Portanto, eudaimonia
-
20:08 - 20:15um senso de bem-estar que surge do que trazemos ao mundo e não do que obtemos dele
-
20:15 - 20:18Uma das questões que me pediram para abordar é
-
20:18 - 20:26como nossos desejos e impulsos afetam nosso bem-estar, nosso desenvolvimento psicológico?
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20:26 - 20:29E eu sugeriria que enquanto estivermos investindo
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20:29 - 20:32como se tivéssemos um portfolio bancário de investimentos
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20:32 - 20:35enquanto estivermos investindo nosso tempo, nossa energia, nossa criatividade,
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20:35 - 20:39nossas aspirações e objetivos puramente em prazeres hedônicos,
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20:39 - 20:43a vida boa é igual a ter muita sorte todo dia
-
20:43 - 20:46alcançada por adquirir mais e mais
-
20:46 - 20:48riqueza e tudo o que o dinheiro puder comprar
-
20:48 - 20:56alcançada por obter estima, consideração, reconhecimento, respeito, apreciação e amor de outras pessoas
-
20:56 - 21:02alcançada obtendo status, poder, influência, sabendo que você é realmente alguém
-
21:02 - 21:09enquanto a pauta das nossas vidas for focada em unicamente em obter prazer hedônico
-
21:09 - 21:16o prazer que obtemos do mundo à nossa volta, da riqueza, de outras pessoas, do trabalho, do meio à nossa volta
-
21:16 - 21:22então, acho que qualquer tipo de equilíbrio emocional duradouro mais uma vez estará fora de alcance
-
21:22 - 21:23por uma razão muito simples
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21:23 - 21:26o mundo está amplamente fora do nosso controle
-
21:26 - 21:28o comportamento de outras pessoas, até mesmo de nossas esposas,
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21:28 - 21:33eu não quero controlar o comportamento da minha esposa, mas se eu tentasse...
-
21:33 - 21:37sei que não teria essa opção
-
21:37 - 21:41Mesmo minha esposa, forte compromisso entre duas pessoas, por anos, mais de duas décadas
-
21:41 - 21:43mas eu não controle seu comportamento, ela não controla o meu
-
21:43 - 21:48isso faz parte do encanto de ter uma relação plena de sentido
-
21:48 - 21:54então, o quê é isso, em termos de aspiração, desejos, objetivos, podemos também dizer
-
21:54 - 21:58além do hedonismo, da boa vida igualada a riqueza e assim por diante?
-
21:58 - 22:03e para incluir na nossa visão sobre a vida
-
22:03 - 22:06certamente há um papel para o bem-estar hedônico
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22:06 - 22:08satisfazer suas necessidades materiais
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22:08 - 22:11alimento, roupas, abrigo,
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22:11 - 22:14cuidados médicos quando precisar
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22:14 - 22:15educação para os seus filhos
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22:15 - 22:17tudo isso é muito importante
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22:17 - 22:21Mas também vislumbrar onde se encontra minha felicidade genuína?
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22:21 - 22:27como eu posso cultivar esse estado de bem-estar que não depende de o mundo ser do meu jeito
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22:27 - 22:29de acordo com os meus desejos
-
22:29 - 22:31Eu acho que incluir isso em nossa visão de mundo
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22:31 - 22:35de nosso próprio florescer, da boa vida, o que verdadeiramente me faz feliz
-
22:35 - 22:42é na verdade, em conjunto com o equilíbrio da atenção, uma chave para o equilíbrio emocional
-
22:42 - 22:44em outras palavras, maturidade
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22:44 - 22:47maturidade em termos de desejos
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22:47 - 22:50não temos mais desejos infantis, não queremos mais um caminhão de bombeiros novo
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22:50 - 22:52ou ser um cowboy quando crescermos
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22:52 - 22:56presumo que não, a menos que seja realmente um bom cowboy
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22:56 - 22:59Mas permita que suas aspirações amadureçam na sabedoria
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22:59 - 23:03como na sabedoria dos santos, do Buda, de Shankara, Chuang Tzu, assim por diante
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23:03 - 23:07todas as grandes tradições de sabedoria do mundo, religiosas e não religiosas,
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23:07 - 23:09Aristóteles não era propriamente um religioso
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23:09 - 23:11um grande filósofo
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23:11 - 23:12Sócrates também
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23:12 - 23:15Todas as grandes tradições de sabedoria do mundo, todas têm, com variações, é claro
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23:15 - 23:18uma visão de eudaimonia
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23:18 - 23:21que é mais do que simplesmente prazer impulsionado por estímulos
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23:21 - 23:23eu eu não estou reclamando dos prazeres impulsionados por estímulos
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23:23 - 23:26mas é que eles não temos muito controle, certo?
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23:26 - 23:31Mesmo os mais ricos, podem morrer por alguma doença, ou se ferir
-
23:31 - 23:34ou ter um casamento destruído que os deixam angustiados
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23:34 - 23:38casamento, riqueza, fama
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23:38 - 23:41você acha que tem controle sobre isso?
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23:41 - 23:42Eu acho que não
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23:42 - 23:47Então, para vislumbrar como posso transformar a mim mesmo
-
23:47 - 23:52e haverá um correlato cerebral? Sim, eles virão na sequência
-
23:52 - 23:55eles virão junto, os correlatos cerebrais
-
23:55 - 23:58mas como de fato fazer acontecer tal amadurecimento
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23:58 - 24:03mais sabedoria, uma amadurecimento da experiência de eudaimonia
-
24:03 - 24:07não será introduzindo alguma coisa no seu cérebro
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24:07 - 24:13porque isso não traz sentido, injetar uma droga no seu cérebro não é uma atividade significativa
-
24:13 - 24:17mas levar uma vida significativa
-
24:17 - 24:20isso é significativo por que sua vida é significativa
-
24:20 - 24:21porque suas ações são significativas
-
24:21 - 24:23porque suas atitudes são significativas
-
24:23 - 24:24neurônios não são significativos
-
24:24 - 24:27as substâncias químicas, muito complexos certamente, mas ainda são químicos
-
24:27 - 24:30não há nada dentro do cérebro além de substâncias químicas e eletricidade
-
24:30 - 24:34nós deveríamos evitar às vezes mitificar o cérebro
-
24:34 - 24:38Substâncias químicas e eletricidade com uma complexidade incrível
-
24:38 - 24:42a mente não é uma coisa menos extraordinária
-
24:42 - 24:45e ainda não há evidências de que o cérebro e a mente sejam a mesma coisa
-
24:45 - 24:48se houver alguma, eu gostaria de ver
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24:48 - 24:52Então, em termos de encontrar bem-estar emocional
-
24:52 - 24:56equilíbrar, investimentos diversificados,
-
24:56 - 25:01isto é, ainda temos que, como diz a tradição cristã, dar a César o que é de César,
-
25:01 - 25:03cuidar do que é hedônico o quanto for necessário
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25:03 - 25:04e é necessário
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25:04 - 25:07mas então, qual é o sentido?
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25:07 - 25:11São Tomás de Aquino, um outro mestre da mente cristão
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25:11 - 25:14disse que todo o sentido da vida política
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25:14 - 25:16de toda essa busca por bem-estar hedônico
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25:16 - 25:18tudo é para o bem da vida contemplativa
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25:18 - 25:21tudo em nome de uma vida significativa
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25:21 - 25:24para cultivar a felicidade genuína
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25:24 - 25:28Agora, em meio a isso, não é suficiente apenas refinar a prática da atenção
-
25:28 - 25:31desenvolver um tipo de tecnologia contemplativa
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25:31 - 25:33relaxamento, estabilidade e vivacidade
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25:33 - 25:36mas então temos que trazer isso à vida
-
25:36 - 25:38observar atentamente, prestar atenção
-
25:38 - 25:40dar o nosso melhor à realidade
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25:40 - 25:44e isso significa permitir que a luminosidade clara da nossa atenção ilumine a nossa própria mente
-
25:44 - 25:46de forma a estarmos conscientes
-
25:46 - 25:49quando pensamentos, imagens, desejos, emoções surgirem
-
25:49 - 25:52teremos essa consciência metacognitiva que nos dá a opção, a possibilidade de
-
25:52 - 25:55fazer escolhas mais sábias quando um impulso surgir
-
25:55 - 26:00de não sermos simplesmente carregados por cada impulso, cada desejo, cada pensamento que aparecer
-
26:00 - 26:03e agir como um robô
-
26:03 - 26:06mas na verdade podermos ver um impulso surgindo e então podermos fazer uma escolha
-
26:06 - 26:10é um impulso sábio, um impulso benéfico
-
26:10 - 26:12será bom para mim e para os outros ou não
-
26:12 - 26:16e ter a opção de fazer uma escolha sábia
-
26:16 - 26:19Equilíbrio cognitivo
-
26:19 - 26:23podemos compreender o equilíbrio cognitivo identificando o desequilíbrio cognitivo
-
26:23 - 26:25hiperatividade cognitiva
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26:25 - 26:28é quanto estamos atentos a uma pessoa ou uma situação ou mesmo à nossa própria mente
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26:28 - 26:35com tantos pressupostos, tantas projeções, interpretações sobre interpretações
-
26:35 - 26:40que nós mal podemos ver o quê está acontecendo porque estamos interpretando excessivamente
-
26:40 - 26:45ouvindo coisas que não foram ditas, vendo coisas que não surgiram
-
26:45 - 26:49ou vivendo em seu próprio mundinho e projetando sobre a realidade, é delusão
-
26:49 - 26:51hiperatividade cognitiva
-
26:51 - 26:54deficit cognitivo, novamente, é quando nos recolhemos, nos desengajamos
-
26:54 - 26:56não estamos atentos, não estamos presentes
-
26:56 - 26:59com nossos filhos, com nossas esposas, com nossos amigos,
-
26:59 - 27:01nós simplesmente não estamos presentes
-
27:01 - 27:03Então para estarmos claramente presentes
-
27:03 - 27:05prestando atenção à linguagem corporal das outras pessoas
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27:05 - 27:07às expressões faciais, o quê dizem, como dizem
-
27:07 - 27:13a qualidade da voz, a velocidade em que falam,
-
27:13 - 27:18observando atentamente
-
27:18 - 27:21Um amigo meu, Lawrence Freeman, amigo querido, monge beneditino
-
27:21 - 27:26diz que o maior presente que podemos dar às outras pessoas é a nossa atenção
-
27:26 - 27:32atento vem da raíz latina "inclinado a", cuidar, zelar,
-
27:32 - 27:35inclinado em direção aos outros
-
27:35 - 27:38ao prestarmos atenção, ao deixarmos que se tornem reais para nós
-
27:38 - 27:42naturalmente e inevitavelmente surge um senso de empatia
-
27:42 - 27:45neurocorrelatos? extraordinário, "neurônios espelho"
-
27:45 - 27:48mas não se cultiva empatia compreendendo os neurônios espelho
-
27:48 - 27:50é muito útil, tenho certeza
-
27:50 - 27:56mas cultiva-se empatia, prestando muita atenção aos outros
-
27:56 - 27:58até que de fato se tornem reais para você
-
27:58 - 28:01não como meio para o seu próprio fim
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28:01 - 28:03mas eles são reais
-
28:03 - 28:04cada um é real
-
28:04 - 28:05cada um é digno
-
28:05 - 28:07cada um é precioso
-
28:07 - 28:10cada um aspira ser feliz e se livrar do sofrimento
-
28:10 - 28:12assim como nós
-
28:12 - 28:14então nós trazemos essa atenção plena
-
28:14 - 28:16essa atenção minuciosa, esse equilíbrio cognitivo
-
28:16 - 28:20para dentro de nós, para experimentar vividamente nossos próprios corpos
-
28:20 - 28:24a sensação e a experiência de estarmos encarnados
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28:24 - 28:26observando atentamente nossas mentes
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28:26 - 28:28você não verá seu cérebro ali
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28:28 - 28:32mas você verá uma gama espantosa de fenômenos mentais
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28:32 - 28:34que estão correlacionados de forma misteriosa
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28:34 - 28:36porque eu não acho que haja um cientista vivo
-
28:36 - 28:39que tenha descoberto a exata natureza das correlações entre mente e cérebro
-
28:39 - 28:41é um mistério
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28:41 - 28:46algumas vezes encoberto por premissas que não servem à comunidade científica ou a quem quer que seja
-
28:46 - 28:50de simplesmente assumir que são a mesma coisa, porque isso nunca foi demonstrado
-
28:50 - 28:52as correlações são brilhantes
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28:52 - 28:58e cientistas são a eminência, o talento, a genialidade, pode-se, como o Prof Ramachandran
-
28:58 - 29:01e estão ressaltando essas surpreendentes correlações
-
29:01 - 29:04mas o que nós não sabemos é qual é a natureza da correlação
-
29:04 - 29:12então, enquanto não descobrirmos, porque simplesmente não mantemos isso no espaço?
-
29:12 - 29:17prestar muita atenção no que está dentro de nós e no que está fora de nós
-
29:17 - 29:19desenvolver um senso real de empatia com relação a nós mesmos
-
29:19 - 29:22que é o oposto de baixa auto-estima
-
29:22 - 29:26prestar atenção a nós mesmos é o oposto do narcisismo
-
29:26 - 29:31prestar atenção aos outros, que estabelece a base cognitiva para a empatia
-
29:31 - 29:35e a empatia é a base para verdadeiramente nos importarmos com os outros
-
29:35 - 29:38como nos importamos conosco mesmos
-
29:38 - 29:42e essa é a base para a bondade amorosa, compaixão
-
29:42 - 29:44quando estamos atentos aos que estão próximos, aos que estão distantes
-
29:44 - 29:47vemos que não podemos evitar, começamos a nos importar mais
-
29:47 - 29:51no sentido de desejarmos o bem-estar dos outros e que se livrem do sofrimento
-
29:51 - 29:55isso surge naturalmente, apenas porque estamos prestando atenção
-
29:55 - 29:59e essa é a chave para o equilíbrio emocional
-
29:59 - 30:03ter uma grande mente, um grande espaço mental
-
30:03 - 30:07e todos à sua volta, próximos ou distantes, são reais para você
-
30:07 - 30:10e assim você encontra o equilíbrio emocional
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30:10 - 30:12o seu próprio bem-estar está, na verdade,
-
30:12 - 30:16indissociavelmente ligado ao bem-estar de todos à sua volta
-
30:16 - 30:18Essa é a chave
-
30:18 - 30:20para o equilíbrio mental
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30:20 - 30:21para o equilíbrio emocional
-
30:21 - 30:23e chegamos ao fim!
- Title:
- B. Alan Wallace 'Cultivando o equilíbrio mental e emocional' em "Mind & Its Potential 2012"
- Description:
-
Como nossos desejos e impulsos afetam nosso bem-estar emocional?
Como a desatenção afeta nossas mentes?
Que impacto têm os pensamentos negativos?
Como podemos corrigir os desequilíbrios emocionais?
Como podemos cultivar o equilíbrio mental e emocional em nossas vidas?B. Alan Wallace, estudioso, escritor e professor de meditação, Santa Barbara Institute for Consciousness Studies, USA
- Video Language:
- English
- Duration:
- 30:34