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B. Alan Wallace, Ph.D. on science, buddhism, skepticism and meditation | Part 1

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    Desafio o leitor a ter numa forma profunda de ceticismo
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    desafiando nossas noções fundamentais
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    do que a matéria é
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    do que a fisicalidade
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    do que a categoria inteira do que é o físico é
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    e junto disso,
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    desafiar muitas de nossas suposições mais profundas
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    dentro da comunidade científica e de todo lugar
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    sobre a natureza e origens e potenciais da consciência
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    e o papel da consciência no universo
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    o devaneio padrão que domina o meio acadêmico
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    praticamente em todo o mundo
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    insiste que tudo no universo realmente consiste de
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    espaço, tempo, massa, energia
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    e as propriedades que emergem da massa e da energia
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    as funções e propriedades emergentes e as características
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    da massa e da energia
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    por isso, o termo fisicalismo ou materialismo científico
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    a suposição por trás dessa visão
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    é que o que está absolutamente lá,
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    independentemente dos nossos conceitos humanos e
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    independente de nossas medidas
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    realmente é, precisamente, isto
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    espaço, tempo, massa e energia
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    o que as pessoas geralmente erram em não reconhecer
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    é a própria categoria do "físico"
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    do "mental"
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    é uma categoria que nós humanos construímos
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    e não apenas construímos mas re-construímos
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    ao longo dos últimos 400 anos
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    e, de fato, há muito mais tempo
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    mas nos últimos 400 anos da ciência
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    nós criamos, nós concebemos
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    baseado em nossos modos de observação
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    de medir, de nossas experimentações
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    exatamente quais os parâmetros do físico são
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    o que é matéria, o que não é matéria
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    estas são definições humanas
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    e essas definições humanas evoluíram com a ciência
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    a matéria física é precisamente o que as ciências físicas
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    são boas em medir
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    mas a categoria, de novo, é uma idéia física
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    então a noção que tudo no universo
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    deve caber numa idéia que nós humanos concebemos
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    e insistir além disso, que tudo no universo inteiro,
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    deve caber numa idéia que concebemos agora
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    que é a versão de 2009
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    me parece como uma real forma de idolatria
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    assim como os antigos judeus tinham o Bezerro de Ouro
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    algo que criaram e veneraram
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    e como aquilo nós criamos o Bezerro de Ouro do físico
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    da matéria
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    venerando-o virtualmente
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    como a fonte de toda a realidade
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    a fonte de toda bondade, a fonte de toda felicidade
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    mas é uma idéia
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    é um tipo de idolatria
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    e, francamente, acho que é um absurdo
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    acreditar que tudo no universo cabe em uma
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    idéia construída que criamos baseado
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    em tipos de medidas que nós humanos
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    estivemos empenhados nos últimos 400 anos
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    é na verdade pretencioso
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    então estou sugerindo, neste livro,
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    que olhemos além da categoria particular do físico
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    uma vez que o próprio espaço
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    não é composto de massa e energia
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    o tempo não é composto de massa e energia
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    e talvez, muito importante, as equações matemáticas
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    as leis da natureza
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    elas também não consistem
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    de espaço, tempo, massa ou energia
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    e ainda assim, quem pode negar
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    que esses princípios matemáticos,
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    que essas leis matemáticas da natureza, existem
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    mas não são físicas
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    então eu disse, antes do livro,
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    que eu desafio o leitor a reassessar também
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    a natureza da consciência
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    que a ciência convencional tem assumido
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    que a consciência simplesmente aparece
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    de uma forma ainda inexplicável
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    a partir de configurações complexas de...
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    compostos químicos
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    engajados ou interagindo com eletricidade
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    mas ninguém está propondo exatamente
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    como isso acontece
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    ninguém está propondo com qualquer grau de confiança
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    ou com confirmação empírica
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    quando a evolução da vida neste planeta
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    a consciência apareceu pela primeira vez
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    e quais as condições para que aparecesse
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    e também não sabemos como,
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    no desenvolvimento do feto humano,
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    dentro do útero de sua mãe,
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    e também não sabemos quando a consciência aparece
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    e quais as causas necessárias para que isso aconteça
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    nós simplesmente assumimos
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    que, de alguma forma, a consciência deve
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    simplesmente emergir da matéria
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    e porque
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    porque nós somos muito bons em observar a matéria
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    somos muito bons em observar e investigar
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    e realizar experimentos
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    em configurações de massa e energia
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    mas a ciência inteira, nos últimos 400 anos,
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    nunca concebeu nenhum meio sofisticado
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    para observar diretamente estados de consciência
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    a mente
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    os processos mentais
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    especialmente ao longo do último século
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    a maioria esmagadora das investigações científicas
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    sobre a natureza da mente tem sido indireta
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    focando no que a ciência é boa em olhar
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    o físico, o objetivo, o quantificável
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    então certamente cientistas, psicólogos cognitivos,
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    neurocientistas
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    irão interrogar os outros sobre
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    suas experiências subjetivas
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    mas um psicólogo cognitivo comentou recentemente
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    nós não tomamos os relatos de outras pessoas
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    outras experiências subjetivas como fatos
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    nós simplesmente os tomamos como relatos
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    como dados
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    o mesmo psicólogo cognitivo afirmou que
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    todas os experimentos subjetivos consistem de
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    alucinações
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    então temos que nos basear mais
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    nos princípios metafísicos do materialismo
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    do que em nossas próprias experiências imediatas
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    como se nossas experiências imediatas não contassem
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    e nós deveríamos confiar mais
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    nas observações da ciência
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    como se tivessem um acesso especial
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    e nas suposições metafísicas de que tudo
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    deve se resumir matéria
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    e nas propriedades emergentes da matéria
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    esse modo de pensar de ignorar ou marginalizar
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    a experiência em primeira pessoa
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    e insistir que princípios metafísicos
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    que agradam à autoridade de uma certa comunidade
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    é exatamente o modo de pensar
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    do classicismo medieval
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    é exatamente o jeito de pensar
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    que os pioneiros da revolução científica
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    se rebeleram contra
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    é dito que os escolásticos
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    que os filósofos escolásticos em particular
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    se negavam a olhar pelo telescópio de Galileu
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    ou telescópios comparáveis aos dele
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    porque tinham certeza que se vissem algo
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    que refutasse suas próprias suposições metafísicas
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    baseadas na Bíblia, baseadas em Aristóteles
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    e outros pensadores gregos
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    se eles vissem qualquer coisa que refutasse
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    o que eles acreditavam ser verdade
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    eles teriam certeza que o que eles viam devia ser alucinação
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    e portanto não deveria ser dado qualquer crédito
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    poderia ser ignorado, marginalizado
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    esta é exatamente a atitude
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    de muitos cientistas cognitivos hoje
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    se você nota algo ao observar sua própria mente
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    que viole princípios do materialismo científico
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    você deve estar observando uma alucinação
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    sua direta observação de sua própria mente não conta
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    e, de fato, psicólogos cognitivos
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    neurofisiólogos cognitivos
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    não desenvolveram nenhum meio de observar
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    estados mentais de nenhuma maneira
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    eles vivem nas mãos de amadores
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    mas dizem que os relatos dos amadores não são factuais
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    eles são simplesmente o que os amadores disseram
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    então estamos agora em uma situação
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    no que diz respeito à consciência
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    e, de fato, à mente
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    comparável ao que filósofos naturais medievais
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    estavam envolvidos no início do Século 17
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    uma igreja massiva e muito poderosa
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    mas algumas pessoas, como Galileu,
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    que eram empiricistas verdadeiros
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    e insistiam que não iam perceber com nossos sensos
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    quando olhamos pro céu
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    observando o sol, a lua e as estrelas
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    se nós vermos algo diretamente
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    especialmente usando métodos sofisticados de observação
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    que supera as suposições, ou refuta as suposições
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    do escolacicismo medieval
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    essas suposições devem morrer
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    e nós nos basearemos primeiramente nas experiências
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    esta é a visão dos contemplativos budistas
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    e de outros contemplativos pelo mundo
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    nós nos basearemos primeiro na experiência imediata
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    da natureza da mente, de estados de consciência
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    e nós vamos sondar os espaços da mente
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    como astrônomos sondaram o espaço físico
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    o espaço do universo
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    e então contemplativos budistas e outros
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    tem encontrado dimensões múltiplas
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    tem encontrado dimensões de consciência
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    que estão por baixo da nossa psiqué ordinária
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    da mente consciente e subconsciente
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    chamada de consciência substrata
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    que é bem-aventurada, luminosa e não-conceitual
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    e que não surge da matéria
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    não surge da atividade neurológica no cérebro
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    não surge da matéria de qualquer tipo
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    não é material, não surge do material
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    é condicionada pela matéria
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    mas não surge da matéria
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    uma dimensão mais profunda da consciência
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    aqueles que acessam a consciência substrata
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    o contínuo sutil da consciência mental
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    usam isso como uma plataforma
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    como lançar um telescópio Hubble
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    além da atmosfera
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    do nosso planeta
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    para poderem sondar no espaço profundo
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    para além das distorções
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    da atmosfera, da contaminação da atmosfera
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    da luz, da poluição e assim por diante
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    e permitiram-lhes sondar muito mais profundamente
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    o espaço do universo
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    da mesma maneira, aqueles que lançaram suas mentes
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    na órbita, no substrato da consciência
  • 9:57 -
    usaram isso como uma plataforma para sondar
  • Not Synced
    (continua na parte 2)
Title:
B. Alan Wallace, Ph.D. on science, buddhism, skepticism and meditation | Part 1
Description:

Prof. B. Alan Wallace talks about his new book, HIDDEN DIMENSIONS, and sums up his lecture at Temple Caminho do Meio (Viamão/RS, Brazil) on 9th July 2009.

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Video Language:
English
Duration:
09:59
_dharmalog added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

Incomplete

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