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Titolo: A ciência do bem-estar

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    No ultimo video eu comecei a explorar a questão da utilização do método científico
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    para fins sociais, comparando-o a outras formas de governança e tomada de decisões,
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    como democracia, tecnocracia, e como as forças de mercado as influenciam.
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    O vídeo recebeu uma resposta arrasadoramente positiva de muitos de vocês, e eu fiquei realmente
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    surpreso. Como esperado, apareceram algumas questões e críticas, e eu os agradeço
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    por elas, exploraremos cada uma individualmente.
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    Uma das críticas levantadas foi que não existe uma definição universal de bem-estar,
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    logo, não é possível analisar este problema em termos científicos.
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    Muito bem, analisemos esta crítica com a ajuda de um gráfico. Imagine que temos duas pessoas.
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    Aquela à esquerda está em estado quintessencialmente perfeito de bem-estar. Bem, nós não sabemos como
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    isso realmente se parece, mas podemos imaginar um cenário hipotético onde esta pessoa existe neste
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    estado. No lado oposto, temos um infeliz indivíduo na pior miséria possível, tanto física
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    quanto mental. Se você pode imaginar algo ruim na sua vida, está lá. E se
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    você pode imaginar algo pior, também está lá. Entre estas duas condições existem
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    milhões de graus de variação, da esquerda para a direita.
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    Alguém aqui, por exemplo, talvez apresente este cenário:
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    - ela nunca fica doente - ela nunca quebrou um osso de seu corpo
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    - ela pode correr uma maratona e terminá-la com facilidade
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    - ela está muito feliz com sua vida de maneira geral e nunca apresenta sinais de depressão ou
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    doenças mentais - ela tem uma dieta estável e balanceada como
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    acesso a nutrição apropriada - ela segue seus interesses com paixão e
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    é intelectualmente estimulada - suas relações sociais são fortes e
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    saudáveis - sua vida sentimental é mais que satisfatória
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    e ela a aproveita completamente. Claramente, estes não são todos os traços melhores
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    que uma pessoa pode ter, e está longe de ser uma situação ideal de bem-estar. É só
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    um ponto de referência.
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    Similarmente, uma pessoa aqui está na seguinte condição:
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    - ela nunca recebeu nutrição adequada, por falta de acesso à comida. Como resultado, sérias deficiências
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    de crescimento afetaram seu corpo e mente - ela está aleijada e subdesenvolvida, tanto física
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    quanto mentalmente - ela é abusada sexualmente constantemente
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    - torturas e perseguições contínuas pioram suas condições com o tempo
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    - ela está em um constante estado de dor. Quando seu corpo se ajusta ao nível de sofrimento,
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    nova dor é adicionada, e a tortura continua - devido à enorme quantidade de abusos físicos e
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    psicológicos, ela nunca foi capaz de criar qualquer contato social
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    - ela desenvolveu psicoses e é mentalmente instável.
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    Eu poderia continuar, mas acredito que você entendeu. Então, é verdade que nós não temos uma definição
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    unívoca e universal de bem-estar, mas isso não nos impede de reconhecer que
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    há certas posições nesta linha que são mais desejáveis que outras. E essas
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    podem ser avaliadas objetiva e cientificamente. Mas você pode dizer que ainda não conhecemos
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    tudo sobre a condição humana. Também não entendemos tudo sobre aerodinâmica,
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    mas isso não nos impediu de construir aviões e voar pelos céus
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    do mundo.
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    Alguém pode usar um argumento semelhante sobre a vida. Ninguém sabe o que é 'vida'. Ainda assim
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    podemos dizer com segurança que uma pedra não está viva, mas um esquilo, sim. E o que pensar de corais, vírus
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    e inteligências artificiais? Mais uma vez, há graus de possibilidade dentro da linha,
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    e é uma discussão aberta. Mas quando alguém para de respirar, fica frio e começa
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    a decompor... bem, esse pode ser o sinal de que a pessoa não está mais viva. Claro que
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    no futuro poderemos descobrir que estávamos errados, que pedras estão vivas e nós não,
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    quem sabe. Mas em um tempo específico, temos um contexto e um referencial, os quais
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    utilizamos para criar um argumento. Esta não é uma discussão filosófica sobre a natureza
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    da Verdade no campo das idéias platônicas. Este é um argumento muito prático, onde propomos
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    a questão: podemos tentar maximizar o bem-estar, e podemos usar o método científico para alcançar
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    este objetivo? A resposta é sim, em ambos os casos. E dados os desastrosos resultados que política
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    e economia modernas nos deram, seria incrivelmente irresponsável não o fazer.
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    Entristece-me o fato que, mesmo com a abundância de comida e remédios que temos
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    no mundo, milhões de pessoas continuam a morrer. Isto é completamente desnecessário, e
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    evitável. Nós deixamos a economia e a política lidar com esse problema por anos demais,
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    e elas falharam. Em 11 de setembro de 2001, 2.966 pessoas morreram nos Estados Unidos. Pessoas ainda falam
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    sobre como isso poderia ter sido evitado. Existe um intenso debate sobre isso. Hoje, 23.987 pessoas,
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    a maioria crianças, morreram de fome. Não há debate sobre isso. Nós podemos prevenir este holocausto
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    que se repete TODA MERDA DE DIA.
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    É hora de evoluir.
Title:
Titolo: A ciência do bem-estar
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Sources cited
Democracy, technocracy, the free market or the scientific method for social concern? http://youtu.be/83LAk3BT7no
Does the world produce enough food to feed everyone? http://goo.gl/tGF64

Music
2 Ghost I - Nine Inch Nails
8 Ghost I - Nine Inch Nails
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Video Language:
English, British
Duration:
07:07

Portuguese, Brazilian subtitles

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