Return to Video

Saindo do armário: Ash Beckham no TEDxBoulder

  • 0:13 - 0:15
    Eu vou falar essa noite com vocês
  • 0:15 - 0:16
    sobre sair do armário.
  • 0:16 - 0:18
    E não no sentido tradicional,
  • 0:18 - 0:19
    não apenas o armário "gay"
  • 0:20 - 0:21
    Eu acho que todos temos armários,
  • 0:22 - 0:24
    o seu armário pode ser contar para alguém
  • 0:24 - 0:26
    que você ama ela, pela primeira vez.
  • 0:26 - 0:28
    Ou contar para alguém que você está grávida.
  • 0:28 - 0:30
    Ou contar que você tem câncer.
  • 0:30 - 0:33
    Ou qualquer um dos temas difíceis de falar.
  • 0:33 - 0:35
    que nós temos nas nossas vidas.
  • 0:35 - 0:38
    Todos os armários são conversas difíceis.
  • 0:39 - 0:42
    e por mais que nossos temas possam variam bastante
  • 0:42 - 0:45
    a experiência de estar dentro e sair do armário
  • 0:45 - 0:46
    é universal
  • 0:47 - 0:49
    e é assustadora, e nós odiámos isso.
  • 0:50 - 0:52
    e precisa ser feita.
  • 0:53 - 0:56
    há muitos anos atrás, eu estava trabalhando no Southside Walnut Café,
  • 0:56 - 0:58
    (Risos)
  • 0:58 - 1:00
    um restaurante local na cidade,
  • 1:00 - 1:01
    e durante o meu tempo lá,
  • 1:01 - 1:05
    eu passava por fases de militante,
    lésbica, intensiva.
  • 1:05 - 1:06
    (risos)
  • 1:06 - 1:08
    Não depilando as minhas axilas,
  • 1:08 - 1:10
    citando as letras de Ani DiFranco como música gospel,
  • 1:11 - 1:14
    e dependendo da tamanho do bolso da minha calça cargo,
  • 1:14 - 1:16
    e de quando eu tinha raspado a minha cabeça,
  • 1:16 - 1:18
    a questão que me assombrava,
  • 1:18 - 1:19
    geralmente por uma criança:
  • 1:20 - 1:24
    "humm, você é menino ou menina?"
  • 1:25 - 1:27
    E aí acontecia aquele silêncio constrangedor na mesa,
  • 1:28 - 1:30
    Eu aperto a minha mandíbula um pouco mais,
  • 1:30 - 1:32
    seguro a cafeteira com
    um pouco mais de força,
  • 1:33 - 1:36
    o Pai vira a página do jornal, desajeitado,
  • 1:36 - 1:38
    e a Mãe dá aquela encarada de reprovação na criança,
  • 1:39 - 1:40
    Mas eu não falava nada,
  • 1:40 - 1:42
    e eu saía para ferver lá dentro.
  • 1:42 - 1:44
    E chegou ao ponto que toda vez
  • 1:44 - 1:45
    que eu iria para uma mesa com crianças
  • 1:45 - 1:46
    entre 3 e 10 anos,
  • 1:46 - 1:48
    eu estava pronta para a briga.
  • 1:48 - 1:50
    (risos)
  • 1:50 - 1:51
    E esse sentimento é horrível.
  • 1:51 - 1:53
    Então eu prometia pra mim
    mesma que na próxima vez,
  • 1:53 - 1:55
    eu iria falar alguma coisa.
  • 1:56 - 1:58
    Eu teria aquela conversa complicada.
  • 1:58 - 2:00
    Então, dentro de algumas semana, acontecia novamente:
  • 2:00 - 2:03
    "Você é menino ou menina?"
  • 2:03 - 2:05
    Silêncio familiar
  • 2:05 - 2:06
    Mas agora, eu estou pronta.
  • 2:06 - 2:11
    E agora posso citar todos os 101 artigos sobre feminismo nessa mesa
  • 2:11 - 2:13
    (risos)
  • 2:13 - 2:15
    Eu cito as frases de Betty Friedan,
  • 2:15 - 2:17
    As frases de Gloria Steinem,
  • 2:17 - 2:20
    Eu tenho até um pedaço da peça "Monólogos da Vagina" que quero fazer.
  • 2:20 - 2:23
    então eu respiro fundo e olho para baixo,
  • 2:24 - 2:25
    e olhando de volta pra mim
  • 2:25 - 2:27
    tem uma menina de 4 anos no seu vestido rosa.
  • 2:28 - 2:30
    Não uma desafiadora para um duelo feminista,
  • 2:30 - 2:32
    apenas uma criança, com uma pergunta:
  • 2:33 - 2:35
    "Você é menino ou menina?"
  • 2:35 - 2:37
    Então eu respiro fundo novamente,
  • 2:37 - 2:38
    me aproximo dela e falo:
  • 2:38 - 2:41
    "Hei, eu sei que é confuso,
  • 2:41 - 2:42
    meu cabelo é curto igual de menino,
  • 2:42 - 2:43
    e eu uso roupas de meninos,
  • 2:43 - 2:44
    mas eu sou uma menina
  • 2:44 - 2:46
    e sabe quando você tem vontade de usar vestidos rosas,
  • 2:46 - 2:49
    e as vezes você quer vestir o seu pijama confortável,
  • 2:49 - 2:51
    bom, eu sou mais o tipo de garota que gosta de pijamas confortáveis."
  • 2:52 - 2:53
    (risos)
  • 2:53 - 2:55
    E a criança me olha fundo nos olhos
  • 2:55 - 2:56
    sem piscar e falar:
  • 2:56 - 2:58
    "Meu pijama favorito é roxo
  • 2:58 - 3:00
    com peixinhos, eu gostaria de comer uma panqueca, por favor?"
  • 3:00 - 3:02
    (risos)
  • 3:02 - 3:04
    E foi só isso:
  • 3:04 - 3:07
    "Ah, tá certo você é uma menina. E agora eu vou
    comer uma panqueca."
  • 3:07 - 3:09
    (risos)
  • 3:09 - 3:13
    Foi a conversa difícil mais fácil que eu já tive.
  • 3:13 - 3:15
    E porque?
  • 3:15 - 3:16
    Porque a menina da panqueca e eu,
  • 3:16 - 3:18
    nós duas fomos verdadeiras uma com a outra.
  • 3:19 - 3:21
    Então, como muitos de nós,
  • 3:21 - 3:23
    Eu vivi em alguns armários na minha vida,
  • 3:23 - 3:26
    e sim, na maioria das vezes as minhas paredes eram arco-iris.
  • 3:26 - 3:28
    Mas dentro, no escuro,
  • 3:28 - 3:30
    você não consegue ver a cor das paredes.
  • 3:30 - 3:32
    você apenas sabe como se sente
  • 3:32 - 3:33
    viver dentro de um armário.
  • 3:34 - 3:37
    Então de verdade, o meu armário não é diferente do de vocês,
  • 3:37 - 3:38
    ou o seu,
  • 3:39 - 3:40
    o seu,
  • 3:41 - 3:42
    Com certeza, eu posso dar 100 razões
  • 3:42 - 3:43
    do porque sair do meu armário
  • 3:43 - 3:44
    foi mais difícil do que sair do seu,
  • 3:44 - 3:45
    mas acontece que,
  • 3:45 - 3:46
    difícil não é relativo,
  • 3:46 - 3:48
    difícil é difícil.
  • 3:49 - 3:50
    Quem pode falar
  • 3:50 - 3:51
    que explicar para alguém
  • 3:51 - 3:53
    que foi à falência
  • 3:53 - 3:54
    é mais difícil que contar para alguém
  • 3:54 - 3:55
    que você traiu alguém.
  • 3:55 - 3:56
    Quem pode falar
  • 3:56 - 3:57
    que a história de sair do armário dele
  • 3:57 - 3:59
    é mais difícil que contar para uma criança de 5 anos
  • 3:59 - 4:00
    que você está se divorciando.
  • 4:00 - 4:01
    Não existe o mais difícil,
  • 4:01 - 4:03
    existe apenas difícil.
  • 4:04 - 4:06
    Nós precisamos parar de medir a dificuldade
  • 4:06 - 4:07
    contra a dificuldade de todos o resto.
  • 4:07 - 4:09
    Para nos fazermos sentir melhor ou pior sobre o nosso armário.
  • 4:09 - 4:11
    e simplesmente entra no conseso
  • 4:11 - 4:13
    que todos temos assuntos difícies.
  • 4:14 - 4:15
    Em algum momento das nossas vidas,
  • 4:15 - 4:17
    nós todos vivemos em armários,
  • 4:17 - 4:18
    e eles podem parecer seguros.
  • 4:19 - 4:21
    Ou pelo menos mais seguro do que
  • 4:21 - 4:22
    o que nos espera do outro lado da porta.
  • 4:22 - 4:23
    Mas eu estou aqui para lhes contar,
  • 4:24 - 4:26
    não importa do que as suas paredes são feitas,
  • 4:26 - 4:29
    um armário não é um lugar
    para uma pessoa viver.
  • 4:30 - 4:31
    (aplausos)
  • 4:31 - 4:32
    Obrigada.
  • 4:34 - 4:36
    Então porque sair de qualquer armário,
  • 4:36 - 4:38
    porque estamos tendo essa conversa,
  • 4:38 - 4:39
    porque é tão difícil?
  • 4:40 - 4:42
    Porque eles são estressantes.
  • 4:42 - 4:44
    Nós nos preocupamos tanto com as reações
  • 4:44 - 4:46
    das outras pessoas, e a compreensão.
  • 4:46 - 4:48
    Eles vão ficar bravos?
  • 4:48 - 4:48
    Tristes?
  • 4:48 - 4:49
    Desapontados?
  • 4:50 - 4:51
    Nós vamos perder um amigo?
  • 4:51 - 4:52
    Um pai ou mãe?
  • 4:52 - 4:52
    Um amor?
  • 4:52 - 4:54
    Essas conversas causam estresse.
  • 4:55 - 4:56
    Então vamos dar um chute no estresse por um minuto.
  • 4:57 - 4:59
    Estresse é uma reação natural do seu corpo.
  • 5:00 - 5:02
    Quando você percebe uma ameaça,
  • 5:02 - 5:03
    palavra-chave, "perceber"
  • 5:03 - 5:06
    o hipotálamo soa o alarme,
  • 5:06 - 5:07
    e a adrenalina e o cortisol
  • 5:07 - 5:09
    começam a correr nas suas veias.
  • 5:09 - 5:10
    Isso é conhecido como
  • 5:10 - 5:13
    Vai ou racha.
  • 5:13 - 5:14
    as vezes você fica,
  • 5:14 - 5:15
    as vezes você vai.
  • 5:15 - 5:17
    E essa reação é perfeitamente normal.
  • 5:17 - 5:19
    E vem de um tempo
  • 5:19 - 5:22
    e que éramos perseguidos por mamutes.
  • 5:23 - 5:24
    O problema é
  • 5:24 - 5:26
    o hipotálamo não tem ideia
  • 5:26 - 5:28
    se você está sendo perseguido por um mamute,
  • 5:28 - 5:29
    ou se o seu computador deu pau,
  • 5:29 - 5:31
    ou se a sua sogra apareceu, do nada, na sua casa,
  • 5:31 - 5:33
    ou se você vai saltar de um avião,
  • 5:33 - 5:34
    ou se você precisa contar para alguém que você ama
  • 5:34 - 5:36
    que você tem um tumor no cérebro.
  • 5:36 - 5:37
    A diferença é
  • 5:38 - 5:40
    o mamute vai ter perseguir por
  • 5:40 - 5:41
    talvez 10 minutos.
  • 5:41 - 5:43
    Não ter essas conversas difícies,
  • 5:43 - 5:44
    isso pode te perseguir por anos,
  • 5:44 - 5:48
    e o seu corpo não aguenta isso.
  • 5:48 - 5:51
    Exposição crônica a adrenalina e cortisol
  • 5:51 - 5:53
    corrompe quase todos os sistemas do seu corpo
  • 5:53 - 5:55
    e pode levar a ansiedade,
  • 5:55 - 5:57
    depressão, doenças do coração,
  • 5:57 - 5:58
    apenas para nomear alguns.
  • 5:58 - 6:00
    Quando você não tem conversas difíceis,
  • 6:01 - 6:03
    quando você mantém a verdade sobre você como um segredo,
  • 6:03 - 6:06
    você está segurando uma granada.
  • 6:07 - 6:09
    Então, imagine você
  • 6:09 - 6:10
    20 anos atrás.
  • 6:11 - 6:12
    Eu,
  • 6:13 - 6:15
    Eu tinha um rabo de cavalo,
  • 6:15 - 6:16
    um vestido tomara-que-caia
  • 6:16 - 6:17
    E um sapato de salto alto.
  • 6:17 - 6:20
    Eu não era uma militante lésbica
  • 6:20 - 6:22
    pronta para brigar com uma menina de 4 anos que entrasse no café.
  • 6:22 - 6:24
    (risos)
  • 6:24 - 6:25
    Eu estava congelada pelo medo,
  • 6:26 - 6:27
    presa em um canto escuro
  • 6:27 - 6:29
    do meu armário negro.
  • 6:29 - 6:31
    Segurando a minha granada gay.
  • 6:32 - 6:33
    E mover um músculo
  • 6:33 - 6:35
    é a coisa mais assustadora
  • 6:35 - 6:37
    que eu já fiz.
  • 6:38 - 6:39
    Minha família,
  • 6:39 - 6:40
    meus amigos,
  • 6:40 - 6:40
    pessoas estranhas,
  • 6:40 - 6:42
    Eu passei a minha vida toda
  • 6:42 - 6:43
    tentando não desapontar essas pessoas.
  • 6:43 - 6:46
    E agora, eu estava virando o mundo de ponta cabeça
  • 6:46 - 6:48
    de propósito.
  • 6:49 - 6:50
    Eu estava queimando as páginas do roteiro
  • 6:50 - 6:52
    que todos nós seguimos por tanto tempo,
  • 6:52 - 6:54
    mas se você não jogar essa granada,
  • 6:54 - 6:55
    ela vai te matar.
  • 6:56 - 6:58
    Um dos meus mais memoráveis lançamento de granada
  • 6:58 - 7:00
    foi no casamento da minha irmã.
  • 7:00 - 7:03
    (risos)
  • 7:03 - 7:05
    Foi a primeira vez que a maioria dos presentes
  • 7:05 - 7:06
    sabiam que eu era gay.
  • 7:06 - 7:08
    Então eu estava fazendo os meus deveres como madrinha
  • 7:08 - 7:10
    no meu vestido preto e salto alto,
  • 7:11 - 7:12
    Eu andava nas mesas,
  • 7:12 - 7:14
    e finalmente parei na mesa dos amigos dos meus pais,
  • 7:14 - 7:16
    pessoas que me conheciam por anos.
  • 7:17 - 7:19
    E depois de uma rápida conversa fiada,
  • 7:19 - 7:20
    uma mulher disparou:
  • 7:20 - 7:22
    "Eu amo o Nathan Lane!"
  • 7:23 - 7:25
    e a batalha da relatividade gay
  • 7:25 - 7:26
    começou.
  • 7:26 - 7:28
    "Ash, você já foi ao Castro?"
  • 7:28 - 7:30
    "Bem, sim, temos amigos em San Francisco"
  • 7:30 - 7:31
    "Nós nunca estivemos lá,
  • 7:31 - 7:33
    mas ouvimos falar que é fa-bu-lo-so!!"
  • 7:33 - 7:35
    "Ash, você conhece o meu cabelereiro Antonio,
  • 7:35 - 7:38
    ele é ótimo, e ele nunca fala sobre namoradas."
  • 7:38 - 7:40
    "Ash, qual o seu programa de TV favorito?
  • 7:40 - 7:42
    O nosso favorito é Will and Grace
  • 7:42 - 7:43
    sabe quem amamos? Jack.
  • 7:43 - 7:45
    Jack é o nosso favorito."
  • 7:45 - 7:47
    E aí uma mulher,
  • 7:47 - 7:48
    perplexa,
  • 7:48 - 7:50
    mas esperando desesperadamente para mostrar o seu apoio,
  • 7:50 - 7:53
    e me falar que ela estava do meu lado,
  • 7:53 - 7:54
    ela finalmente falou:
  • 7:54 - 7:58
    "Bem, as vezes o meu marido usa
    camisas cor-de-rosa"
  • 7:58 - 8:01
    (risos)
  • 8:01 - 8:02
    E eu tenho que escolher naquele momento,
  • 8:02 - 8:04
    como todos os jogadores de granadas tem.
  • 8:05 - 8:06
    Eu posso voltar para a minha namorada,
  • 8:06 - 8:08
    e a minha mesa de pessoas que amam os gays
  • 8:08 - 8:10
    e tirar sarro das respostas deles.
  • 8:10 - 8:12
    Castigar a falta de desapego deles,
  • 8:12 - 8:13
    e a falta de habilidade deles em pular
  • 8:13 - 8:14
    no aro gay dos politicamente corretos
  • 8:14 - 8:15
    Que eu tinha trazido comigo,
  • 8:15 - 8:16
    ou,
  • 8:17 - 8:18
    Eu poderia empatizar com eles,
  • 8:18 - 8:19
    e perceber que aquilo era talvez
  • 8:19 - 8:21
    uma das coisas mais dificeis que eles tinham feito.
  • 8:22 - 8:23
    Que começar,
  • 8:23 - 8:25
    e ter uma conversa,
  • 8:25 - 8:28
    era o sair do armário deles.
  • 8:28 - 8:29
    Claro, teria sido mais fácil
  • 8:29 - 8:31
    apontar onde eles erraram.
  • 8:31 - 8:32
    É bem mais difícil
  • 8:32 - 8:33
    entender eles
  • 8:33 - 8:34
    e reconhecer o fato de que
  • 8:34 - 8:35
    eles estavam tentando,
  • 8:35 - 8:38
    e o que mais você pode pedir das pessoas,
  • 8:38 - 8:39
    além de tentar.
  • 8:40 - 8:42
    Se você vai ser verdadeiro com alguém,
  • 8:42 - 8:44
    você tem que estar pronto
  • 8:44 - 8:45
    para receber a verdade também.
  • 8:46 - 8:49
    Então, conversas difíceis ainda não são o meu forte.
  • 8:49 - 8:51
    Pergunte para alguém que eu já namorei.
  • 8:51 - 8:53
    Mas estou melhorando.
  • 8:53 - 8:54
    E eu sigo o que eu gosto de chamar:
  • 8:55 - 8:56
    "Os 3 princípios da garota da panqueca"
  • 8:56 - 8:57
    Agora, por favor,
  • 8:58 - 9:00
    visualize isso através das lentes coloridas dos gays,
  • 9:00 - 9:01
    mas agora,
  • 9:01 - 9:03
    o que é necessário para sair de qualquer armário,
  • 9:03 - 9:04
    é essencialmente a mesma coisa.
  • 9:05 - 9:06
    Número um:
  • 9:07 - 9:08
    Seja autêntico,
  • 9:08 - 9:09
    deixa a armadura cair, seja você mesmo.
  • 9:09 - 9:10
    A criança no café
  • 9:10 - 9:11
    não tinha armadura,
  • 9:11 - 9:13
    mas eu estava pronta para uma batalha.
  • 9:13 - 9:15
    Hipotálamo estúpido.
  • 9:16 - 9:18
    Se você quer que alguém seja verdadeiro com você,
  • 9:18 - 9:21
    eles precisam saber que você sangra também.
  • 9:21 - 9:22
    Número dois:
  • 9:22 - 9:23
    Seja direto,
  • 9:23 - 9:24
    tire o bandaid de uma só vez.
  • 9:24 - 9:25
    Se você sabe que você é gay
  • 9:25 - 9:26
    simplesmente fale isso.
  • 9:27 - 9:29
    Se você contar aos seus pais que você talvez seja gay
  • 9:29 - 9:30
    eles vão se agarrar na esperança que isso mude.
  • 9:30 - 9:31
    Não dê a eles
  • 9:31 - 9:33
    falsas esperanças.
  • 9:33 - 9:35
    (risos)
  • 9:35 - 9:36
    E número três,
  • 9:36 - 9:38
    e mais importante:
  • 9:38 - 9:42
    (risos)
  • 9:42 - 9:44
    Não peça desculpas
  • 9:46 - 9:48
    você está falando a verdade.
  • 9:48 - 9:51
    Nunca peça desculpas por isso.
  • 9:52 - 9:54
    E alguns podem se machucar no meio do caminho.
  • 9:54 - 9:55
    Então é claro.
  • 9:55 - 9:57
    Peça desculpas a eles.
  • 9:57 - 10:00
    Mas nunca peça desculpar por quem você é.
  • 10:01 - 10:03
    E sim, alguns podem ficar desapontados.
  • 10:03 - 10:04
    Mas isso é problema deles.
  • 10:05 - 10:06
    Não seu.
  • 10:06 - 10:08
    Aquelas são as expectativas deles sobre quem você é,
  • 10:08 - 10:09
    não as suas.
  • 10:09 - 10:10
    É a história deles.
  • 10:10 - 10:12
    Não a sua.
  • 10:13 - 10:15
    A única história que importa
  • 10:15 - 10:17
    é a que você quer escrever.
  • 10:17 - 10:19
    Da próxima vez que você se encontrar
  • 10:19 - 10:21
    no canto escuro do armário
  • 10:21 - 10:22
    pegando a sua granada,
  • 10:22 - 10:24
    saiba que todos já estivemos lá
  • 10:24 - 10:26
    e pode ser que você se sinta muito sozinho,
  • 10:26 - 10:27
    mas você não está.
  • 10:28 - 10:29
    E nós sabemos que é difícil,
  • 10:29 - 10:31
    mas nós precisamos de você aqui fora,
  • 10:32 - 10:34
    não importa do que as suas paredes são feitas.
  • 10:34 - 10:36
    Porque eu te garanto
  • 10:36 - 10:37
    existem outros olhando pelo buraco da fechado
  • 10:37 - 10:38
    do armário deles
  • 10:38 - 10:39
    esperando pela próxima brava alma
  • 10:39 - 10:40
    pra abrir a porta
  • 10:40 - 10:42
    e ser aquela pessoa,
  • 10:43 - 10:45
    e mostrar para o mundo que nós somos maiores que os nosso armários
  • 10:45 - 10:47
    e que o armário não é um lugar
  • 10:47 - 10:50
    para uma pessoa viver uma vida plena.
  • 10:51 - 10:53
    Obrigado pessoas corajosas, curtam a sua noite.
  • 10:53 - 10:57
    (aplausos)
Title:
Saindo do armário: Ash Beckham no TEDxBoulder
Description:

Ash discute o estado atual da homofobia em nossa cultura desafiando até mesmo a palavra "homofobia" em si. Não há medo, apenas ódio. Odiar as coisas que não entendemos, as pessoas que não conhecemos ou qualquer coisa que é diferente do nosso dia a dia. Pessoas "homofóbicas" não têm medo de nada. Todos nós temos a responsabilidade de viver nossas vidas como militantes ativos não aqueles passivos quando se trata de proteger nossos companheiros humanos do ódio de qualquer espécie.

Créditos - Videografia
Jenn Calaway, Enhancer
Michael Hering, Lodo Cinema
Sarah Megyesy, Side Pocket Images
Satya Peram, Flatirons Films
Sean Williams, RMO Films
Anthony Lopez, Cross Beyond
David Oakley

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
10:57

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions Compare revisions