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Brincar é mais do que diversão

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    Aqui vamos nós: uma visão da brincadeira.
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    Tem de ser uma coisa séria
    se o The New York Times
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    publica uma história na capa de domingo,
    17 de fevereiro, sobre brincar.
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    Na parte inferior pode ler-se.
    "É mais profundo que o sexo.
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    "Sério, mas perigosamente divertido.
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    "Uma caixa de areia
    para novas ideias sobre a evolução."
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    Nada mau, a não ser que quando olhamos
    para a capa, o que é que falta?
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    Veem alguns adultos?
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    Bem, vamos voltar ao século XV.
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    Isto é um pátio na Europa,
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    e uma mistura de 124 maneiras
    diferentes de brincar.
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    Todas as idades, brincadeiras individuais,
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    atividades físicas, jogos, zombarias.
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    Está tudo aqui, acho
    que isto é uma imagem típica
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    do que era um pátio na altura.
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    Acho que podemos ter perdido
    qualquer coisa na nossa cultura.
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    Por isso vou levar-vos
    por aquilo que penso
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    que é uma sequência notável.
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    A norte de Churchill, Manitoba,
    em outubro e novembro,
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    não há gelo na Baía de Hudson.
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    Este urso polar que veem,
    este macho de 550 quilos,
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    é selvagem e está bastante faminto.
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    Norbert Rosing, um fotógrafo alemão,
    estava no local,
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    a fazer uma série de fotos dos huskies,
    que estavam presos.
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    À esquerda do cenário aparece
    este urso polar macho, selvagem,
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    com um olhar de predador.
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    Quem já tenha estado em África
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    ou tenha sido perseguido
    por um cão raivoso,
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    há um tipo de olhar predatório fixo
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    que nos faz saber que estamos em sarilhos.
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    Mas do outro lado desse olhar predador,
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    há uma fêmea husky que arqueia o corpo
    e abana a cauda.
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    E acontece uma coisa muito invulgar.
  • 2:02 - 2:06
    Aquele comportamento fixo,
    — que é rígido e estereotipado
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    e acaba com uma refeição — muda.
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    Aquele urso polar põe-se de pé
    ao pé da husky,
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    sem as garras de fora,
    sem as presas à mostra
  • 2:18 - 2:22
    e começam um bailado incrível.
  • 2:25 - 2:27
    Um bailado de brincadeira.
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    Isto acontece na natureza:
    a brincadeira anula a natureza carnívora
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    e o que de outra forma seria
    uma curta luta até à morte.
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    Se observarem de perto, a husky expõe
    a sua garganta ao urso polar,
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    e se olharem ainda mais de perto,
    eles estão num estado alterado.
  • 2:45 - 2:47
    Estão num estado de brincadeira.
  • 2:47 - 2:49
    E é esse estado
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    que permite que estas duas criaturas
    explorem o possível.
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    Eles estão a começar a fazer uma coisa
    que nenhum deles teria feito
  • 2:58 - 3:00
    sem os sinais de brincadeira.
  • 3:01 - 3:04
    É um exemplo maravilhoso
  • 3:05 - 3:07
    de como um diferencial no poder
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    pode ser anulado pelo processo
    da Natureza que está em todos nós.
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    Então como é que me envolvi nisto?
  • 3:14 - 3:17
    John referiu que trabalhei
    com assassinos, e é verdade.
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    O assassino de Texas Tower
    abriu-me os olhos,
  • 3:21 - 3:25
    — em retrospetiva, quando estudámos
    os seus trágicos assassínios em massa —
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    para a importância de brincar,
  • 3:27 - 3:31
    na medida em que aquele indivíduo
    tinha sérias carências de brincar,
  • 3:31 - 3:33
    como descobrimos
    após vários estudos profundos.
  • 3:33 - 3:35
    Chamava-se Charles Whitman.
  • 3:35 - 3:38
    A nossa comissão, que consistia
    numa série de grandes cientistas,
  • 3:38 - 3:40
    sentiu no final daquele estudo
  • 3:40 - 3:42
    que a ausência de brincadeira
  • 3:42 - 3:45
    e uma supressão progressiva de brincadeiras
    normais para o desenvolvimento
  • 3:45 - 3:50
    tinham-no levado a ser mais vulnerável
    à tragédia que perpetrara.
  • 3:50 - 3:54
    Essa descoberta
    resistiu ao teste do tempo,
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    infelizmente ainda em tempos
    mais recentes, na Virginia Tech.
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    Outros estudos de populações em risco
  • 4:02 - 4:05
    sensibilizaram-me
    para a importância da brincadeira,
  • 4:05 - 4:08
    mas eu ainda não tinha
    percebido bem o que era.
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    E passei muitos anos a ouvir
    histórias de indivíduos sobre brincar
  • 4:12 - 4:18
    até reconhecer que ainda não tinha
    um verdadeiro conhecimento do assunto.
  • 4:18 - 4:22
    Acho que ninguém tem
    um total conhecimento do assunto.
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    Mas há formas de olhar para isto
  • 4:24 - 4:29
    que acho que nos podem dar uma taxonomia,
    uma forma de pensar sobre o assunto.
  • 4:29 - 4:34
    Esta imagem, para os seres humanos,
    o ponto inicial da brincadeira.
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    Quando aquela mãe e a criança
    fixam o olhar,
  • 4:37 - 4:40
    e a criança já tem idade
    para ter um sorriso social,
  • 4:40 - 4:44
    acontece — espontaneamente —
    uma erupção de alegria na mãe.
  • 4:44 - 4:48
    E ela começa a balbuciar, a fazer sons
    e a sorrir, e o bebé faz o mesmo.
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    Se estivessem ligados
    a um eletroencefalograma
  • 4:52 - 4:57
    víamos que a parte direita do cérebro
    de cada um deles estava em sintonia.
  • 4:58 - 5:02
    A alegria que surge deste cenário
    precoce de brincadeira
  • 5:02 - 5:07
    e a fisiologia disto é uma coisa
    que estamos a começar a compreender.
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    Gostava que pensassem que cada parte
    de uma brincadeira mais complexa
  • 5:11 - 5:15
    se constrói nesta base
    para nós, seres humanos.
  • 5:15 - 5:19
    Agora vou guiá-los por uma certa forma
    de olhar para a brincadeira,
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    mas nunca é uma coisa singular.
  • 5:24 - 5:26
    Vamos observar o jogo corporal,
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    que é um desejo espontâneo
    de nos libertarmos da gravidade.
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    Isto é uma cabra montesa.
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    Se tiverem um dia mau, experimentem isto:
  • 5:36 - 5:39
    deem saltos, sacudam-se
    — vão sentir-se melhor.
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    Podem sentir-se como esta personagem,
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    que também só o faz porque lhe apetece.
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    Não tem um objetivo especial
    e é isso que é excelente na brincadeira.
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    Se o seu objetivo for mais importante
  • 5:51 - 5:54
    do que o ato de o fazer,
    provavelmente não é brincadeira.
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    Este é um género diferente de brincar,
    brincar com objetos.
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    Este macaco japonês fez uma bola de neve,
  • 6:01 - 6:03
    e vai rebolá-la por uma colina abaixo.
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    Não as atiram uns aos outros, é uma parte
    fundamental de ser brincalhão.
  • 6:08 - 6:12
    A mão humana, na manipulação de objetos,
  • 6:12 - 6:15
    é a mão em busca de um cérebro.
  • 6:15 - 6:17
    O cérebro procura uma mão.
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    E brincar é o meio pelo qual estes dois
    se ligam da melhor forma.
  • 6:22 - 6:27
    Ouvimos esta manhã o laboratório NASA
    — o JPL é um sítio incrível.
  • 6:27 - 6:30
    Designaram dois consultores,
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    Frank Wilson e Nate Johnson.
  • 6:33 - 6:37
    Frank Wilson é neurologista,
    Nate Johnson é mecânico.
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    Ele ensinou mecânica
    numa escola secundária em Long Beach,
  • 6:41 - 6:46
    e descobriu que os seus estudantes
    já não conseguiam resolver problemas.
  • 6:46 - 6:48
    E tentou descobrir porquê.
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    Chegou à conclusão, por si só,
  • 6:49 - 6:52
    que os estudantes que já não conseguiam
    resolver problemas,
  • 6:52 - 6:55
    como consertar carros,
    nunca tinham trabalhado com as mãos.
  • 6:55 - 6:58
    Frank Wilson escreveu
    um livro chamado "A Mão".
  • 6:58 - 7:01
    Eles juntaram-se — o JPL contratou-os.
  • 7:01 - 7:04
    Agora o JPL, a NASA e a Boeing,
  • 7:04 - 7:08
    antes de contratarem alguém
    para solucionar problemas de investigação
  • 7:08 - 7:11
    — mesmo que fossem graduados
    com distinção de Harvard ou da Cal Tech —
  • 7:11 - 7:15
    se não tiveram arranjado carros,
    nem feito coisas com as suas na infância,
  • 7:15 - 7:18
    nem brincado com as mãos,
    também não sabiam solucionar problemas.
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    Por isso, brincar é prático
    e é muito importante.
  • 7:21 - 7:26
    Uma das coisas sobre brincadeira
    é que nasce da curiosidade e da exploração.
  • 7:27 - 7:30
    Mas tem de ser uma exploração segura.
  • 7:30 - 7:34
    Isto não tem mal — ele é um rapazinho
    com interesses anatómicos e aquela é a mãe.
  • 7:34 - 7:37
    Outras situações não seriam tão boas.
  • 7:37 - 7:40
    Mas a curiosidade, a exploração
    fazem parte da brincadeira.
  • 7:40 - 7:44
    Se queremos integrar-nos,
    precisamos de jogos sociais.
  • 7:44 - 7:47
    Os jogos sociais fazem parte da razão
    de estarmos aqui hoje,
  • 7:47 - 7:50
    e são um subproduto da brincadeira.
  • 7:50 - 7:52
    Brincadeiras mais duras.
  • 7:52 - 7:55
    Estas leoas, vistas à distância,
    parecem estar a lutar.
  • 7:55 - 7:59
    Mas se olharmos mais atentamente,
    estão como o urso polar e a husky,
  • 7:59 - 8:02
    sem garras, o pelo está liso,
    os olhos calmos,
  • 8:02 - 8:05
    a boca aberta sem mostrar os dentes,
    movimentos de bailado,
  • 8:05 - 8:08
    movimentos curvilíneos
    — tudo específico da brincadeira.
  • 8:08 - 8:10
    As brincadeiras mais duras
  • 8:10 - 8:13
    são uma ótima forma
    de aprendizagem para todos nós.
  • 8:13 - 8:17
    No infantário, por exemplo, os miúdos
    deviam poder mergulhar, bater, assobiar,
  • 8:17 - 8:23
    gritar, ser caóticos, desenvolvendo
    muita da sua regulação emocional
  • 8:23 - 8:28
    e muitos outros subprodutos sociais
    — cognitivos, emocionais e físicos -—
  • 8:28 - 8:31
    que fazem parte
    das brincadeiras mais duras.
  • 8:31 - 8:33
    Brincadeiras de espetadores,
    brincadeiras rituais
  • 8:33 - 8:35
    — estamos envolvidos em algumas.
  • 8:35 - 8:39
    Quem é de Boston sabe
    que este foi o momento — raro —
  • 8:39 - 8:43
    em que os Red Sox ganharam
    o campeonato mundial de basebol.
  • 8:43 - 8:46
    Mas olhem para as caras
    e linguagem corporal de toda a gente
  • 8:46 - 8:50
    nesta imagem desfocada, e temos a sensação
    de que estavam todos a brincar.
  • 8:50 - 8:52
    Jogo imaginário.
  • 8:52 - 8:55
    Eu adoro esta imagem porque é
    a minha filha, agora quase com 40 anos,
  • 8:55 - 8:56
    que está nesta imagem,
  • 8:56 - 9:01
    mas faz-me recordar as histórias
    que ela contava e a sua imaginação,
  • 9:01 - 9:05
    a sua habilidade para construir narrativas
    nesta idade — pré-escolar.
  • 9:05 - 9:08
    Uma parte importante de saber brincar
  • 9:08 - 9:11
    é a brincadeira imaginária individual.
  • 9:11 - 9:15
    E adoro esta, porque também
    mostra aquilo que somos.
  • 9:15 - 9:19
    Todos temos uma narrativa interna
    que é a nossa história individual.
  • 9:20 - 9:22
    A unidade de inteligibilidade
  • 9:22 - 9:25
    da maior parte do nosso cérebro
    é a história.
  • 9:25 - 9:28
    Hoje estou a contar
    uma história sobre brincar.
  • 9:28 - 9:32
    Penso que este bosquímano está a falar
    do peixe que fugiu e do seu tamanho,
  • 9:32 - 9:36
    mas é uma parte fundamental
    da brincadeira.
  • 9:36 - 9:39
    Então o que é que brincar
    faz pelo cérebro?
  • 9:40 - 9:41
    Bem, muita coisa.
  • 9:42 - 9:46
    Nós não sabemos grande parte
    do que faz pelo cérebro humano,
  • 9:46 - 9:53
    porque os financiamentos não são
    grandes para investigar a brincadeira.
  • 9:53 - 9:56
    Eu fui a Carnegie para pedir uma bolsa.
  • 9:56 - 9:59
    Tinham-me dado um grande subsídio
    quando eu era um académico
  • 9:59 - 10:01
    para o estudo
    de condutores alcoolizados presos,
  • 10:01 - 10:03
    e pensava que tinha um bom historial,
  • 10:03 - 10:08
    mas ao fim de meia hora
    de falar sobre a brincadeira,
  • 10:08 - 10:12
    tornou-se óbvio que eles não achavam
    que brincar fosse uma coisa séria.
  • 10:12 - 10:16
    Isto foi há uns anos
    — essa ideia pertence ao passado,
  • 10:16 - 10:18
    e está a formar-se a onda da brincadeira,
  • 10:18 - 10:21
    porque há bons fundamentos científicos.
  • 10:21 - 10:23
    Nada estimula o cérebro como brincar.
  • 10:23 - 10:26
    Um jogo tridimensional ativa o cerebelo,
  • 10:26 - 10:29
    transmite muitos impulsos ao lobo frontal
  • 10:29 - 10:32
    — a parte da execução —
    ajuda a desenvolver
  • 10:32 - 10:35
    a memória contextualizada,
    etc., etc. etc.
  • 10:35 - 10:42
    Para mim, tem sido uma aventura académica
    extremamente enriquecedora
  • 10:42 - 10:44
    olhar para a neurociência
    associada à brincadeira,
  • 10:44 - 10:48
    e juntar pessoas que,
    nas suas disciplinas específicas,
  • 10:48 - 10:51
    não tinham pensado nela desta forma.
  • 10:51 - 10:54
    Isso faz parte do que é
    o National Institute for Play.
  • 10:54 - 10:56
    Uma das formas
    como podemos estudar a brincadeira --
  • 10:56 - 11:00
    é fazer um eletroencefalograma
    de 256 elétrodos.
  • 11:00 - 11:05
    Desculpem-me por não ter
    um tema mais lúdico,
  • 11:05 - 11:08
    mas permite a mobilidade que limitava
    o estudo da brincadeira.
  • 11:08 - 11:11
    Temos um cenário de brincadeira
    entre mãe e criança
  • 11:11 - 11:14
    que esperamos completar brevemente.
  • 11:14 - 11:17
    A razão de expor isto aqui
    também é para alinhar
  • 11:17 - 11:22
    os meus pensamentos sobre objetivar
    o que a brincadeira faz.
  • 11:22 - 11:25
    O mundo animal já o objetivou.
  • 11:25 - 11:29
    No mundo animal, se observarmos ratazanas,
  • 11:29 - 11:34
    que estão programadas para brincar
    durante um certo período da sua juventude,
  • 11:34 - 11:38
    e, se suprimirmos a brincadeira,
    elas chiam, elas lutam,
  • 11:38 - 11:40
    agridem-se, faz parte
    das suas brincadeiras.
  • 11:40 - 11:45
    Se impedirmos esse comportamento,
    num grupo de controlo,
  • 11:45 - 11:48
    e se o permitirmos
    noutro grupo de controlo,
  • 11:48 - 11:50
    e se depois apresentarmos às ratazanas
  • 11:50 - 11:53
    uma coleira com odor a gato,
  • 11:53 - 11:56
    elas nascem programadas
    para fugirem e esconderem-se.
  • 11:56 - 11:59
    Muito inteligentes
    — não querem ser mortas por um gato.
  • 11:59 - 12:01
    O que é que acontece?
  • 12:01 - 12:03
    Escondem-se todas.
  • 12:04 - 12:08
    As que não brincaram nunca mais saem
    — morrem.
  • 12:08 - 12:12
    As que brincaram,
    exploram aos poucos o ambiente,
  • 12:12 - 12:15
    e recomeçam a testar as coisas.
  • 12:16 - 12:18
    Isso diz-nos, pelo menos nas ratazanas
  • 12:18 - 12:21
    — e acho que elas têm os mesmos
    neurotransmissores que nós
  • 12:21 - 12:24
    e uma arquitetura cortical similar —
  • 12:24 - 12:27
    que brincar pode ser muito importante
    para a nossa sobrevivência.
  • 12:27 - 12:31
    E, e, e... Há muitos mais estudos
    sobre animais de que vos posso falar.
  • 12:32 - 12:35
    Isto é uma consequência
    da privação da brincadeira.
  • 12:36 - 12:38
    Isto demorou muito tempo
  • 12:38 - 12:39
    tive de pegar no Homer
  • 12:39 - 12:42
    e fazer-lhe uma ressonância
    magnética funcional e uma PET
  • 12:42 - 12:45
    e múltiplos eletroencefalogramas,
    mas como só vê televisão,
  • 12:45 - 12:46
    o cérebro dele encolheu.
  • 12:46 - 12:49
    Nós sabemos que,
    nos animais domésticos e noutros,
  • 12:49 - 12:51
    quando são privados da brincadeira,
  • 12:51 - 12:55
    eles não desenvolvem um cérebro normal
    — tal como as ratazanas.
  • 12:56 - 13:01
    O programa diz que
    o oposto de brincar não é trabalho,
  • 13:01 - 13:03
    é a depressão.
  • 13:03 - 13:07
    Acho que, se pensarmos
    na vida sem brincadeira,
  • 13:07 - 13:11
    sem humor, sem namoricos, sem filmes,
  • 13:11 - 13:15
    sem jogos, sem fantasia,
    sem... sem... sem...
  • 13:16 - 13:20
    Tentem imaginar uma cultura ou vida,
    adulta ou não,
  • 13:20 - 13:22
    sem brincadeira.
  • 13:22 - 13:26
    O que é tão especial na nossa espécie
  • 13:26 - 13:29
    é que nós fomos concebidos
    para brincar durante toda a nossa vida.
  • 13:30 - 13:34
    Todos temos a capacidade
    de ver um sinal para brincar.
  • 13:34 - 13:38
    Todos percebem este cão a quem tirei
    uma foto na praia de Carmel há semanas.
  • 13:38 - 13:42
    O que se vai seguir
    a este comportamento é a brincadeira.
  • 13:42 - 13:44
    E podemos confiar nele.
  • 13:44 - 13:48
    A base da confiança humana é estabelecida
    por meio de sinais de brincadeira.
  • 13:48 - 13:51
    Começamos a perder esses sinais,
    culturalmente ou de outra forma,
  • 13:51 - 13:53
    em adultos.
  • 13:53 - 13:54
    É uma pena.
  • 13:54 - 13:57
    Eu acho que temos muito a aprender.
  • 13:57 - 13:59
    Vejam, a Jane Goodall
    com uma expressão de brincadeira
  • 13:59 - 14:01
    junto de um dos seus chimpanzés favoritos.
  • 14:01 - 14:04
    Parte do sistema de sinais da brincadeira
  • 14:04 - 14:08
    tem a ver com vocalizações,
    expressões, postura, gestos.
  • 14:09 - 14:13
    Podem perceber — e acho que,
    quando estamos num jogo coletivo,
  • 14:13 - 14:18
    é mesmo importante para os grupos
    terem uma sensação de segurança
  • 14:18 - 14:21
    através da partilha
    dos seus sinais de jogo.
  • 14:21 - 14:23
    Podem não conhecer esta palavra,
  • 14:23 - 14:28
    mas devia ser o vosso
    primeiro e último nome biológico.
  • 14:28 - 14:32
    Porque neotenia significa a retenção
    de qualidades imaturas na idade adulta.
  • 14:32 - 14:35
    E somos — segundo antropólogos físicos,
    e muitos, muitos estudos —
  • 14:35 - 14:40
    as criaturas mais neoténicas,
    mais juvenis, mais flexíveis,
  • 14:40 - 14:43
    mais plásticas de todas as criaturas.
  • 14:43 - 14:45
    E por isso, as mais lúdicas.
  • 14:46 - 14:49
    Isso dá-nos vantagem
    sobre a adaptabilidade.
  • 14:50 - 14:54
    Há uma forma de olhar para a brincadeira
  • 14:54 - 14:57
    que também quero destacar aqui,
  • 14:57 - 15:00
    que é a história da brincadeira.
  • 15:00 - 15:02
    A nossa história pessoal
    com a brincadeira é única,
  • 15:02 - 15:06
    e muitas vezes não pensamos
    muito nela, em particular.
  • 15:06 - 15:09
    Este é um livro escrito
    por um brincalhão inveterado
  • 15:09 - 15:11
    que dá pelo nome de Kevin Carroll.
  • 15:11 - 15:16
    Kevin Carroll cresceu em circunstâncias
    extremamente difíceis:
  • 15:16 - 15:20
    mãe alcoólatra, pai ausente,
    parte antiga de Filadélfia,
  • 15:20 - 15:23
    negro, teve de tomar conta
    do irmão mais novo.
  • 15:24 - 15:26
    Descobriu que, quando olhava
    para o parque infantil
  • 15:26 - 15:29
    por uma janela a estava confinado,
  • 15:29 - 15:31
    sentia qualquer coisa de diferente.
  • 15:32 - 15:34
    E perseguiu esse sentimento.
  • 15:34 - 15:37
    E a sua vida — a transformação da sua vida
  • 15:37 - 15:43
    da privação e do que qualquer um esperaria
    — potencialmente a prisão ou a morte —
  • 15:43 - 15:48
    veio a ser linguista, treinador dos 76ers
    e agora é orador motivacional.
  • 15:48 - 15:54
    Apresenta a brincadeira
    como uma força transformadora
  • 15:54 - 15:56
    durante toda a sua vida.
  • 15:56 - 16:01
    Outra história sobre brincar
    que penso que é um trabalho em curso.
  • 16:03 - 16:06
    Quem se lembra de Al Gore,
  • 16:06 - 16:11
    durante o primeiro mandato
    e durante a candidatura à presidência
  • 16:11 - 16:14
    bem sucedida embora falhada ,
  • 16:15 - 16:19
    deve lembrar-se de ele ser
    um bocado rígido e um pouco impessoal,
  • 16:19 - 16:21
    pelo menos em público.
  • 16:21 - 16:25
    Olhando para a sua história,
    que está em toda a imprensa,
  • 16:25 - 16:31
    analisando-o do ponto de vista
    de um psiquiatra
  • 16:31 - 16:35
    parece-me que grande parte
    da sua vida foi programada.
  • 16:36 - 16:41
    Os verões eram difíceis, trabalho árduo,
    no calor dos verões do Tennessee.
  • 16:42 - 16:48
    Tinha as expetativas do pai
    que era senador em Washington D.C.
  • 16:48 - 16:51
    E apesar de pensar que ele teve
    certamente a capacidade para brincar
  • 16:51 - 16:54
    — porque eu sei alguma coisa sobre isso —
  • 16:54 - 16:58
    acho que ele não foi
    tão capacitado como é agora
  • 16:58 - 17:02
    em prestar atenção
    ao que é a sua própria paixão
  • 17:02 - 17:04
    e aos seus impulsos internos,
  • 17:04 - 17:09
    em que penso que se baseia
    a história de brincadeira de todos nós.
  • 17:10 - 17:13
    O que eu gostava de vos encorajar a fazer,
    a um nível individual,
  • 17:13 - 17:16
    é explorarem o passado,
    tanto quanto vos for possível,
  • 17:16 - 17:21
    para a imagem lúdica
    mais clara e alegre que tenham,
  • 17:21 - 17:24
    quer seja com um brinquedo,
    numa festa de anos ou de umas férias,
  • 17:24 - 17:27
    e comecem a construir
    a partir dessa emoção
  • 17:27 - 17:30
    até como ela se liga à vossa vida agora.
  • 17:30 - 17:33
    Vão descobrir — podem mudar de emprego,
  • 17:33 - 17:36
    o que já aconteceu a algumas pessoas
    com quem fiz isto —
  • 17:36 - 17:40
    de forma a se sentirem mais capacitados
    por meio da brincadeira.
  • 17:40 - 17:42
    Ou podem ser capazes
    de enriquecer a vossa vida
  • 17:42 - 17:44
    começando a estabelecer prioridades
  • 17:44 - 17:45
    e a prestar-lhes atenção.
  • 17:45 - 17:47
    Muitos de nós trabalhamos em grupo.
  • 17:47 - 17:51
    Falo nisto porque a d.school,
    a escola de design de Stanford,
  • 17:51 - 17:54
    graças a David Kelley e a muitos outros
  • 17:54 - 17:57
    que foram visionários quando a criaram,
  • 17:57 - 17:59
    permitiram a alguns de nós juntarmo-nos
  • 17:59 - 18:03
    e criarmos um curso chamado
    "Da Brincadeira à Inovação."
  • 18:03 - 18:06
    Verão que este curso é para investigar
  • 18:06 - 18:10
    o estado de brincadeira dos seres humanos,
    que é como o do urso e da husky
  • 18:10 - 18:12
    e a sua importância
    no pensamento criativo:
  • 18:12 - 18:14
    "para explorar o comportamento lúdico,
  • 18:14 - 18:16
    "o desenvolvimento e a base biológica;
  • 18:16 - 18:19
    "para aplicar esses princípios,
    pelo design do pensamento,
  • 18:19 - 18:21
    "para promover a inovação
    no mundo empresarial;
  • 18:21 - 18:24
    "e os estudantes vão trabalhar
    com parceiros do mundo real
  • 18:24 - 18:27
    "em projetos de design
    com aplicações generalizadas."
  • 18:27 - 18:28
    Esta é a nossa viagem inicial.
  • 18:28 - 18:32
    Começámos isto há dois meses e meio,
    três meses, e tem sido muito divertido.
  • 18:32 - 18:35
    Este é o nosso melhor aluno,
    este labrador,
  • 18:35 - 18:39
    que ensinou a muitos de nós
    como é o estado de brincadeira,
  • 18:39 - 18:43
    e está ali um professor
    muito velho e decrépito a comandar.
  • 18:43 - 18:48
    E Brendan Boyle, Rich Crandall e ali,
    do lado direito está uma pessoa
  • 18:48 - 18:53
    que anda a conspirar com George Smoot
    para ganhar prémio Nobel da neurociência
  • 18:53 - 18:54
    — Stuart Thompson.
  • 18:54 - 18:57
    Tivemos Brendan, que é da IDEO,
  • 18:57 - 19:01
    e nós ali sentados ao lado
    a observar aqueles estudantes
  • 19:01 - 19:05
    enquanto eles punham em prática
    princípios lúdicos na aula.
  • 19:06 - 19:09
    Um dos seus projetos era
  • 19:11 - 19:14
    descobrir o que torna
    as reuniões aborrecidas
  • 19:14 - 19:17
    e tentar arranjar uma solução para isso.
  • 19:17 - 19:21
    Vamos ver a seguir um filme
    feito por um estudante
  • 19:21 - 19:22
    sobre isso.
  • 19:23 - 19:27
    Narrador:
    O fluir é o estado mental da aparição
  • 19:27 - 19:30
    em que a pessoa está completamente imersa
    no que está a fazer.
  • 19:30 - 19:33
    Caracterizado por um sentido
    de concentração energético,
  • 19:33 - 19:37
    envolvimento completo
    e sucesso no processo da atividade.
  • 19:40 - 19:43
    Um ponto-chave
    que descobrimos sobre reuniões
  • 19:43 - 19:46
    é que as pessoas as marcam
    umas atrás das outras,
  • 19:46 - 19:48
    interrompendo o dia.
  • 19:48 - 19:51
    Quem vai a reuniões não sabe
    quando é que volta à tarefa
  • 19:51 - 19:53
    que deixaram na sua secretária.
  • 19:53 - 19:55
    Mas não tem de ser assim.
  • 19:56 - 19:59
    (Música)
  • 20:50 - 20:53
    Alguns sábios e monges
    repetidamente peludos
  • 20:53 - 20:55
    neste lugar chamado d.school
  • 20:55 - 20:58
    conceberam uma reunião
    de onde podem sair quando acaba.
  • 20:59 - 21:03
    Dispam a reunião, e ganhem paz de espírito
    para conseguirem voltar para mim.
  • 21:04 - 21:07
    Porque quando precisarem outra vez,
  • 21:07 - 21:10
    a reunião vai estar pendurada
    no vosso roupeiro.
  • 21:13 - 21:14
    A Reunião de Vestir.
  • 21:14 - 21:18
    Porque quando a vestem,
    obtêm imediatamente tudo o que precisam
  • 21:18 - 21:21
    para terem uma reunião divertida,
    produtiva e útil.
  • 21:21 - 21:24
    Mas quando a despem,
  • 21:24 - 21:26
    é quando acontece a verdadeira ação.
  • 21:27 - 21:30
    (Música)
  • 21:30 - 21:32
    [Fim]
  • 21:32 - 21:34
    [Brincar + Ciência Transformação]
  • 21:34 - 21:35
    (Aplausos)
  • 21:36 - 21:39
    Stuart Brown: Assim, encorajo-vos a todos
  • 21:41 - 21:44
    a envolverem-se
  • 21:44 - 21:47
    não no diferencial trabalho-brincadeira
  • 21:47 - 21:50
    — em que vocês reservam
    um tempo para brincar —
  • 21:50 - 21:53
    mas no estado em que a vossa vida
    se torna inspirada
  • 21:53 - 21:56
    minuto a minuto, hora a hora,
  • 21:56 - 21:58
    com o corpo,
  • 21:58 - 22:00
    objetos,
  • 22:00 - 22:03
    por via social, fantasia,
  • 22:03 - 22:06
    com tipos de brincadeiras
    que vos transformem.
  • 22:06 - 22:09
    E acho que terão uma vida
    melhor e mais capacitada.
  • 22:09 - 22:11
    Obrigado.
  • 22:11 - 22:14
    (Aplausos)
  • 22:19 - 22:22
    John Hockenberry:
    Parece-me que o que está a afirmar é que
  • 22:22 - 22:25
    poderá haver alguma tentação
    da parte das pessoas
  • 22:25 - 22:27
    para olhar para o seu trabalho e pensarem:
  • 22:27 - 22:29
    "Acho que já ouvi isto,
  • 22:29 - 22:32
    "no meu género de compreensão
    psicológica pop da brincadeira,
  • 22:32 - 22:34
    "que, de certo modo,
  • 22:34 - 22:37
    "a forma como os animais e seres humanos
    lidam com a brincadeira,
  • 22:37 - 22:41
    "é de certa forma um ensaio
    para a atividade adulta".
  • 22:41 - 22:44
    O seu trabalho parece sugerir
    que isso é totalmente errado.
  • 22:44 - 22:46
    SB: Sim, acho que isso não é exato,
  • 22:46 - 22:49
    talvez por terem sido os animais
    a ensinarem-nos isso.
  • 22:51 - 22:54
    Se impedirmos um gato de brincar
  • 22:54 - 22:58
    — o que é possível fazer, e todos sabemos
    como os gatos brincam com as coisas —
  • 22:58 - 23:02
    eles seriam tão bons predadores
    como seriam se não tivessem brincado.
  • 23:02 - 23:05
    E se imaginarem um miúdo
  • 23:05 - 23:07
    a fazer de conta que é o King Kong,
  • 23:07 - 23:10
    ou um piloto de automóveis
    ou um bombeiro,
  • 23:10 - 23:14
    nem todos eles se tornam pilotos
    de automóveis ou bombeiros.
  • 23:14 - 23:18
    Há uma desconexão entre
    a preparação para o futuro
  • 23:18 - 23:21
    — que é com o que a maioria
    se sente confortável
  • 23:21 - 23:23
    ao pensar no que é a brincadeira —
  • 23:23 - 23:27
    e pensar nisso como sendo
    uma entidade biológica à parte.
  • 23:28 - 23:31
    Foi quando observei animais
    durante quatro, cinco anos,
  • 23:31 - 23:34
    que mudei realmente a minha perspetiva
  • 23:34 - 23:37
    de uma vertente clínica
    para aquilo que sou agora,
  • 23:37 - 23:41
    que significa acreditar que a brincadeira
    tem um lugar biológico,
  • 23:41 - 23:44
    tal como o sono e os sonhos têm.
  • 23:44 - 23:48
    Se olharmos para o sono
    e para os sonhos, biologicamente,
  • 23:48 - 23:50
    os animais dormem e sonham,
  • 23:50 - 23:53
    e ensaiam e fazem outras coisas
    que ajudam a memória
  • 23:53 - 23:56
    e que são uma parte muito importante
    do sono e dos sonhos.
  • 23:56 - 23:59
    O próximo passo da evolução
    dos mamíferos e das criaturas
  • 23:59 - 24:03
    com "neurónios divinamente supérfluos"
  • 24:03 - 24:06
    será para brincar.
  • 24:06 - 24:10
    E o facto de que o urso polar e a husky
    ou uma pega e um urso
  • 24:10 - 24:15
    ou eu e você e os nossos cães
    podermos avançar e ter essa experiência
  • 24:16 - 24:19
    põe a brincadeira de parte
    como uma coisa separada.
  • 24:19 - 24:22
    É muito importante na aprendizagem
    e na modelagem do cérebro.
  • 24:22 - 24:26
    Então não é só uma coisa
    que se faz nos tempos livres.
  • 24:26 - 24:29
    JH: Eu sei que faz parte da comunidade
    de investigação científica,
  • 24:29 - 24:32
    e que tem de justificar a sua existência
    com prémios e propostas
  • 24:32 - 24:35
    como todos os outros
  • 24:35 - 24:41
    e é difícil de lidar com alguns dos dados
    que obteve, a base científica de que falou.
  • 24:41 - 24:46
    Como é que evita que a interpretação,
    do seu trabalho, tanto pelos "media",
  • 24:46 - 24:50
    como pela comunidade científica,
  • 24:50 - 24:54
    — tipo a metáfora do Mozart:
  • 24:54 - 24:57
    "Oh, as ressonâncias magnéticas mostram
  • 24:57 - 25:00
    "que brincar melhora a nossa inteligência.
  • 25:00 - 25:03
    "Bem, vamos reunir os miúdos,
    pô-los em jaulas
  • 25:03 - 25:06
    "e fazê-los brincar durante uns meses,
    vão ser todos génios e vão para Harvard."
  • 25:06 - 25:09
    Como é que evita que as pessoas
    façam coisas deste género
  • 25:09 - 25:12
    com base nos dados que desenvolve?
  • 25:12 - 25:14
    SB: Bem, acho que a única forma de o fazer
  • 25:14 - 25:17
    é ter reunido os conselheiros que tenho
  • 25:17 - 25:19
    que vão desde profissionais de saúde,
  • 25:19 - 25:24
    que podem assegurar brincadeiras
    de improviso, de palhaços ou o que for
  • 25:24 - 25:26
    um estado de brincadeira.
  • 25:26 - 25:27
    As pessoas sabem que está ali.
  • 25:27 - 25:31
    Depois arranjamos um especialista
    de ressonâncias magnéticas funcionais
  • 25:31 - 25:32
    e Frank Wilson
  • 25:32 - 25:36
    e também outros grandes cientistas,
    incluindo neuroendocrinologistas.
  • 25:36 - 25:42
    Metemo-los num grupo
    que aborda a brincadeira.
  • 25:43 - 25:46
    É muito difícil não levar aquilo a sério.
  • 25:46 - 25:48
    Infelizmente,
  • 25:48 - 25:52
    nem a Fundação Nacional das Ciências
    nem o Instituto Nacional de Saúde Mental
  • 25:52 - 25:55
    nem nenhum outro organismo
    olharam para isto desta forma séria.
  • 25:56 - 26:01
    Ou seja, vocês não ouvem dizer
    que o cancro ou as doenças cardíacas
  • 26:01 - 26:04
    estão associadas com a brincadeira.
  • 26:04 - 26:07
    No entanto, eu vejo que é uma coisa
    tão básica para a sobrevivência
  • 26:07 - 26:08
    — a longo prazo —
  • 26:08 - 26:12
    como aprender as coisas básicas
    de saúde pública.
  • 26:12 - 26:14
    JH: Stuart Brown, muito obrigado.
  • 26:14 - 26:17
    (Aplausos)
Title:
Brincar é mais do que diversão
Speaker:
Stuart Brown
Description:

Um pioneiro na investigação do brincar, Stuart Brown diz que o humor, os jogos, as zangas, os namoricos e a fantasia são mais do que diversão. Brincar muito na infância cria adultos felizes e inteligentes — e manter a diversão pode tornar-nos mais inteligentes em qualquer idade.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
26:26
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Play is more than just fun
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