O Zen de Steve Jobs
Um Olhar Mais Próximo
"O Zen de Steve Jobs" é um romance gráfico
é uma história que reimagina
uma parte da vida de Steve Jobs
quando ele foi despedido da Apple
no meio dos Anos 80
é um período negro da vida dele
que não foi brilhante e espetacular
e também foi interessante descobrir o que ele passou
e como ele lidou com aquilo
ele treinou Zen-Budismo
ele foi familiarizado no colégio e na faculdade
ele também procurou um amigo que ele tinha feito
há mais de uma década
um monge Zen-Budista chamado
Kobun Chino Otogawa.
Kobun era também um designer
e um caligrafista
os dois passaram muito tempo junto
e se tornaram realmente bons amigos
quanto mais descobríamos sobre esse relacionamento
mais o livro se transformava num romance gráfico
sobre aquele relacionamento
o livro olha esse período da vida dele
e como aquele estudo do Zen
influenciou sua volta pra Apple
e o enorme sucesso que a empresa teve
muitas das idéias de simplicidade, sofisticação e beleza
e controle, nós pensamos
vieram daquele período Zen
o jeito que nós pensamos sobre esse período
na vida de Steve Jobs
é como "os anos perdidos"
não é somente o momento onde ele
é o herói, vai embora e volta
e faz aquelas coisas triunfantes
mas também é um período da vida dele
que talvez nós não tenhamos visto
a imensa maioria das reportagens que fiz
ao escrever o "Zen De Steve Jobs"
foi com zen-budistas, muitos deles monges
todos eles estudaram com Kobun
ou sentaram (em meditação) com Steve
foi uma conversa com eles sobre
a relação pública entre Steve e Kobun
sobre o que Kobun ensinava
qual a visão de mundo de Kobun
quais eram suas forças
eu consegui fitas e discursos que Kobun fez no passado
boa parte do livro é feita textualmente de discursos
que Steve Jobs fez
e apresentações que ele fez o iPad e o iPod
e o resto foi tudo inventado
além do fato que Steve tinha objetivos sobre design
e que Kobun tinha a capacidade de ensiná-lo
e nós sabemos o que Steve levou disso no final
não sabemos como aquilo transpirou exatamente
e parece, quando você vê Steve e Kobun interagindo,
é o que chamamos de reimaginação
pegamos todos os fatos de base que tínhamos
e colocamos nessa narrativa
que livremente conta a história
do relacionamento e da amizade
acho que parte do charme é contar a história
que aconteceu basicamente em caráter privado
e fazer o melhor trabalho com nossas licenças criativas
para que a história fosse atraente
o livro é contado num estilo muito despojado
nos inspiramos na idéia da caligrafia
no Zen é muito rápido e não tem muitos fundos
é muito simples e gráfica
queríamos criar uma experiência íntima
com apenas esses dois homens, Steve Jobs e Kobun
em conversar ou sozinhos
Steve e Kobun são dois indivíduos complexos
no fim, o que esperamos que os leitores levem
do "Zen de Steve Jobs"
é a entendimento complexo de Steve
você tem os fãs da Apple e os culturadores da Apple
e a diferença entre os dois é que
os fãs aceitam Steve, o homem
enquanto os cultuadores vêem Steve como Deus perfeito
o que ele não era
ele era apaixonado, um inconformista
e tudo aquilo
mas o livro definitivamente reflete alguns
de seus aspectos menos atraentes da sua personalidade
há obviamente vários ângulos da história a serem contados
mas definitivamente pegamos lados mais sintéticos dele
como "pense diferente"...
e mais de sua mensagem,
ao invés de um tributo à sua morte
é uma história inspiradora mas é também
uma história de negócio realista
que nem sempre foi rosa, na Apple
eles tropeçaram e ficaram com um pé atrás.